TEORIA DA UTILIDADE E PREFERÊNCIA (ECONOMIA)
A tarefa de qualquer consumidor é de consumir seu
limitado rendimento de forma a
maximizar o seu bem-estar económico que é
objectivo das famílias. Lamentavelmente, até
agora nenhum indivíduo ou sociedade já foi bem
sucedido nesse empreendimento.
Economistas apontam as razões da desilusão (não
conseguir maximizar o bem estar) como
resultantes da falta de uma informação precisa,
entre outras.
Analisemos algumas hipóteses simplificadoras das
condições que permitiriam o indivíduo
maximizar o bem-estar. Para tanto, se assume que
cada consumidor deveria conhecer
todos os problemas pertinentes e as suas decisões
de consumo. O que implica:
1. Conhecer a série completa de bens e serviços
disponíveis no mercado;
2. Saber exactamente a capacidade técnica do
bem/serviço para satisfazer uma
necessidade;
3. Saber o preço exacto de cada bem/serviço e que
tais preços não serão alterados por
sua acção no mercado;
4. Finalmente, saber do que será o seu rendimento
exacto durante um determinado
período de tempo.
Estas hipóteses não são restritivas. Para derivar
a curva de procura e de indiferença, tornase
necessário ter as seguintes assumpções:
1) Que o consumidor seja informado da existência
de alguns bens e serviços;
2) Tenha algumas reacções em relação aos mesmos,
por outras palavras, que prefira
uns em detrimento de outros;
3) Disponha de rendimento para dar significado as
estas reacções no mercado.
As hipóteses rígidas vistas anteriormente são
aplicáveis a teoria do bem-estar. Por outras
palavras, ajudam a explicar porquê a maximização
do bem-estar ainda é uma miragem.
A função preferência
O indivíduo ou família obtem satisfação ou
utilidade ao consumidor um determinado bem
ou serviço durante um determinado período de
tempo.
Para que a satisfação ou utilidade seja máxima, o
consumidor deve ser capaz de comparar
orçamentos diferentes ou cabazes de mercadorias.
O que quer dizer que o consumidor em
função do orçamento deve ser capaz de comparar
cestas alternativas de mercadorias e
determinar a sua ordem de preferências.
Uma função preferência do consumidor tem as
seguintes características:
a. Estabelece um conjunto ordenado (1) de preferências para cada cesta de
mercadorias;
b. Para qualquer das duas cestas de mercadorias A
e B, a função preferência indica
se prefere A a B, ou B a A ou que é indiferente.
c. Para cestas de mercadorias A, B e C. Se
preferir A a B e B a C, logo A deve ser
preferível a C.
d. Um orçamento maior é preferível a um menor.
Pode-se notar que a função preferência é
caracterizada por duas relações:
ü Preferência, e
ü Indiferença
A função preferência indica a ordem de
preferência em relação a duas ou mais cestas de
mercadorias ou de orçamentos: Por outras
palavras, que quer dizer:
a. Duas cestas que são indiferentes têm a mesma
ordem de preferência;
b. Quanto maior o orçamento, mais alta é a sua
classificação na ordenação e é
preferível em relação a outras e maior é a
satisfação.
Sinteticamente, para analisar o comportamento do
consumidor são necessárias as
seguintes hipóteses:
q Cada consumidor tem o conhecimento exacto e pleno de toda a informação
relevante para as suas decisões de consumo:
conhecimento dos bens e serviços, da
sua capacidade técnica de satisfazer suas
necessidades, dos preços de mercado e do
seu rendimento.
1 Quer dizer
que o consumidor pode posicionar diferentes cestas de mercadorias em primeiro,
segundo, terceiro
lugares e
sucessivamente.
q Cada consumidor tem uma função preferência (i) que estabelece uma ordenação
entre as cestas de mercadorias (ii) para uma comparação
dois a dois, indica que
prefere A a B, B a A, ou que é indiferente (iii)
para comparar três ou mais cabazes,
indica que se A é preferido (indiferente) a B e B
é preferido (indiferente) a C, logo A
é preferido (indiferente) a C. (iv) estabelece
que um orçamento maior (uma cesta
maior) é preferível a um menor.
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