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ESCASSEZ PARA ECONOMIA



GF Stanlake disse no seu livro Introductory Economics "A Economia diz respeito a
satisfação das necessidades materiais". pág. 2, 5ª Edição.
É importante que haja clareza relativamente a este assunto. São as necessidades que
aparecem como o móbil da actividade económica. Nas sociedades modernas e
monetarizadas, todos trabalhamos para obter um rendimento que nos possibilitará à
aquisição do que precisamos.
Se os recursos disponíveis para satisfazer as necessidades são insuficientes, então,
diz-se que tais recursos são escassos. Como se pode depreender, a escassez é um
conceito relativo e tem a ver com a magnitude das necessidades das pessoas e a
capacidade dos recursos disponíveis em poder satisfazer tais necessidades.
Contudo, importa indicar que nem as necessidades das pessoas e nem as capacidades
de satisfazê-las são constantes. O potencial produtivo expande-se continuamente,
assim como as necessidades.
Neste quadro, constata-se que as necessidades são uma característica inerente a todas
as sociedades e em todos os tempos, das mais ricas às mais pobres, das de pequena
dimensão territorial às de grande.
De facto e finalmente encontramo-nos numa situação de escassez. Não podemos ter
tudo o que queremos. Os recursos disponíveis para satisfazer as nossas necessidades
são, em qualquer momento, limitados e em contrapartida as nossas necessidades
aparecem ilimitadas no tempo.
Os bens e serviços produzidos são escassos face à natureza ilimitada das
necessidades humanas. Ou seja, os bens e serviços são produzidos com a utilização
de factores de produção que existem em quantidades limitadas. Por outro lado,
destinam-se a satisfazer necessidades virtualmente ilimitadas. Assim, recursos
limitados e necessidades ilimitadas em conjunto conferem a característica de
escassez aos bens económicos.
Este cenário conduz-nos a uma posição que somos compelidos a efectuar escolhas.
Nós podemos ter mais do bem X pela via de ter menos do bem Y. O nosso rendimento
é insuficiente para comprar tudo o que gostaríamos de ter.
Uma pessoa singular com rendimentos limitados e uma gama ilimitada de
necessidades, se verá obrigada a ter que efectuar um exercício de escolha, quando
quiser gastar aquele rendimento ganho. E a sociedade como um todo, enfrenta o
mesmo problema.
Existe um limite de capacidade produtiva de um país, porque a disponibilidade de
oferta de terras, fábrica, máquinas, força de trabalho e outros recursos produtivos são
igualmente limitados.
Os recursos de uma sociedade consistem de: (i) dotações naturais tais como terra,
florestas e minérios; (ii) dotações humanas (físicas e mentais); (iii) meios técnicos
e físicos de produção tais como máquinas e instalações. A estes recursos é atribuído
o nome de factores de produção, uma vez que são destinados à produção de bens e
serviços.
Tais recursos económicos têm uso alternativo que quer dizer, podem ser utilizados
para produzir diferentes tipos e qualidades de bens e serviços. Se parte destes
recursos é empregue na produção de uma coisa, então a sociedade deve renunciar
(abdicar) de outros bens que seriam produzidos com os mesmos recursos.
Só para citar um exemplo, se empregamos recursos (cimento) para construir casas de
habitação, então o custo real destas casas é a produção potencial de escolas, hospitais,
quartéis e outros que foram sacrificados para que se construísse as casas.
Os recursos económicos são escassos e, por isso, as sociedades defrontam-se com o
problema da decisão de escolha de produções e consumos a realizar. Quem faz esta
escolha e o modo como esta se faz permitem diferenciar as sociedades. Contudo, a
necessidade de ter de se fazer a escolha é comum a todas as sociedades.
O que distingue os dois tipos de economias (desenvolvida e em subdesenvolvida) é
o tipo de bens relativamente aos quais mais se faz sentir o problema da escassez.


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