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Evolução da indústria e comércio no mundo

A maior parte das matérias fornecidas pela exploração directa do meio natural requerem transformações antes de serem consumidas. Por exemplo, as fibras têxteis são fiadas e torcidas; as arguidas cozidas para fazer a cerâmica. Os minérios nunca são metais no estado puro, pois devem ser reduzidos para dar semiprodutos que servirão para uma grande quantidade de utilizações ulteriores. Tudo isso espelha que a maior parte dos bens primários necessita de transformação para o seu imediato consumo.
Mas o que e industria?
Etimologicamente indústria significa actividade. No sentido lato, indústria consiste na transformação de matéria-prima em produtos acabados ou semi-acabados. Nesta inclui-se o artesanato, ou seja, a produção doméstica ou caseira. Assim, a indústria propriamente dita, isto e, em sentido restito, refere-se ao conjunto de processos ordenados e metódicos que o Homem emprega para transformar as matérias-primas em objectos úteis, para satisfação das suas necessidades.
Por outros termos, a industria esta relacionada com a utilização de meios mecânicos e com a produção em larga escala. E ai que se distingue do artesanatos, cujas capacidades e horizonte de trabalho são mais restitos.
   O estado da organização territorial da industria e realizado por muitas ciências, entre as quais cabe um papel fundamental a geografia Económica, através da Geografia da Industria, que e um ramo da primeira que trata das localizações especiais da produção industrial, ou seja, estuda a distribuição geográfica dos modos de produção industrial, de acordo com as condições gerais territoriais, económicas, técnicas e naturais de cada pais ou região.
Por comercio devera aqui entender-se a actividade económica que consiste na troca ou venda de produtos, mercadorias, valer e ou prestação de serviços.
    A actividade comercial quase sempre esteve, e continua a estar, estreitamente ligada a actividade industrial. Apesar disso, a génese mostra que esta percebeu o comércio.
   A actividade comercial vem de longa data, pois esta ultima decorre da incapacidade do Homem ser auto-suficiente no que diz respeito na satisfação das suas necessidades.
Nos primórdios da Humanidade, quando não conseguia produzi-los, trocava um produto que dispunha em abundância pelo produto de que necessitava. Esse processo de troca directa de produto e designado por escambo. Pensa-se que o termo câmbio terá surgido a partir desta palavra.
      Com a ampliação do horizonte geográfico e as exigências crescentes das suas necessidades, este sistema entrou pouco a pouco em desuso, isto porque a troca directa dos produtos trazia algumas desvantagens, tais como: dificuldade de transporte de grandes de quantidades de produtos ate ao local de trocas (mercado); nem sempre o Homem conseguia trocar o seu produto por aquele de que necessitava; o estabelecimento dos valores dos produtos era bastante problemático.
   Posteriormente, o Homem introduziu a moeda, que veio a permitir maior facilidade nas trocas.Com efeito, a possibilidade do alargamento das trocas tornou-se bem maior, sendo este sistema substituído pela actividade comercial. Desde os primórdios ate aos séculos XV e XVI, comércio era realizado a nível local e cingia-se apenas a artigos e ou produtos de alto valore pequeno volume, excepto os produtos do comércio triangular.
  Com a Regulação Industrial, o comercio ganha um impulso qualitativo e quantitativo em todo o mundo, pois foram criadas as condições favoráveis que estimularam as transacções comerciais. A crescente procura de produtos para satisfazer as necessidades da população, que crescia a um ritmo galopante como resultado dos progressos técnicos e científicos nos campos d medicina e a agricultura, fez incrementar o consumo das matérias-primas por parte das indústrias, acelerando assim os fluxos comerciais.
   O conceito mundial conheceu, nas últimas décadas, um crescimento explosivo. Entre 1970 e 1992, tanto as importações como as exportações aumentaram exponencialmente. Entre os factores que justificam a grande expansão do comércio mundial, destacam-se: o forte crescimento económico e demográfico, a diversificação da produção industrial, o aumento da procura por parte das populações, como resultado da melhoria do nível de vida, o desenvolvimento e modernização dos transportes e comunicações e a eficácia crescente dos serviços financeiros auxiliares.
    De facto, nos dias actuais, as economias nacionais são bem mais abertas para o exterior que no passado. Grande parte dos produtos consumidos num pais vem de for. Por outros termos, podemos igualmente adquirir, desde que tenhamos dinheiro para tal, produtos sofisticados, fabricando no Japão ou nos EUA, na China, etc. O comércio internacional gera então, entre os países, uma corrente de importações (compras) e de exportações (vendas), cujo valor determina em cada pais a balança comercial.
   Por balança comercial entende-se a diferença entre o valor das exportações e o das importações.
A balança comercial diz-se positiva se o valor das exportações for superior ao das importações, e negativa no caso inverso. Se o valor das exportações for igual ao das importações, diz-se balança comercial nula ou equilibrada.

 As etapas do desenvolvimento da indústria atem a Revolução Industrial

De um modo geral, reconhecem-se normalmente estágios para a transformação de matérias-primas em produtos elaborados: o artesanato, a manufactura e a indústria (ou maquinofactura).
  O artesanato e o estagio mais primitivo, conhecido desde há milhares de anos, e no qual não há divisão de trabalho, ou seja, o artesão realiza sozinho todas as tarefas necessárias para obter o produto final. Por sua vez, a manufactura e o estágio intermédio o artesanato e a indústria, prevaleceu de Europa Ocidental nos séculos XVI e XVII e XVII, existindo ainda hoje como actividade de importância económica vital em algumas áreas menos prósperas de países em desenvolvimento. Finalmente, a indústria surgiu com a Revolução Industrial, nos fins do século XVIII e inicio do século XIX, e predomina ate aos nossos dias.
    Desde logo,a industria caracterizou-se por grande divisão de trabalho, com a consequente especialização do trabalhador em actividades especificas. Mas o facto mais marcante da sua aparição foi o emprego de máquinas, movidas por diversas fontes de energia.

    A indústria do Paleolítico ao Neolítico

A actividade industrial decorre desde tempos remotos. Esta, paralelamente a tantas outras actividades económicas, surge na tentativa de proporcionar bem-estar a Humanidade.
Desde a Pré-Historia que o Homem transforma matérias-primas, extraídas do subsolo ou recolhidas da superfície da Terra, em produtos de natureza diferente para a satisfação das suas necessidades. Os vestígios mais antigos dde industria surgiram nos calhaus de sílex talhados pelo Homem primitivo. Não há duvida de que os homens primitivos eram verdadeiros artistas no talhe do sílex, sendo bem possível que se tenham transmitido as técnicas de fabricação. Como através delas tenha sido adquirido posição no grupo graças ao Homem para domínio de tais técnicas.
O fabrico de instrumentos foi assim o primeiro passo dado pelo Homem para dominar a Natureza. Foi assim que o Homem fabricou instrumentos a partir de pedra, pau e osso em objectos capazes de cortar, furar ou raspar para os utilizar na caca ou pesca e ate mesmo como defesa contra os animais ferozes. As técnicas foram evoluindo, desde a técnica de lascagem da pedra (talhe) no Paleolítico, ate a técnica de no Neolíticos onde resultaram instrumentos de osso e madeira, também de acabamento complexo.
A sedentarização e a vida agrícola do Neolítico levam ao aparecimento de novos inventos, com a cerâmica, a cestaria e a moagem. Outra inovação do Neolítico foi a tecelagem, a qual, juntamente com a cerâmica, cestaria e moagem, constituíram o conjunto das formas de produção do Neolítico. O Homem inventa a roda, instrumento este que contribuiu para alterar profundamente as condições da sua vida. Estas actividades eram desenvolvidas a nível doméstico ou familiar e tinham por objectivo responder as necessidades do agregado familiar.
Embora não se possa falar propriamente em indústria nesta época, a verdade e que já há uma transformação de matéria-prima, através de técnicas (embora rudimentares) e com base em energia muscular, do vento e uso de mão-de-obra, características inerentes ao conceito de indústria. Assim, estamos perante uma indústria doméstico, também chamada caseira, que consiste na produção de antigos de uso familiar produzidos pela própria família na sua casa.
Actualmente, este tipo de indústria esta ainda presente em algumas comunidades.

Indústria na Antiguidade 

No IV milénio a. C., descobre-se a metalurgia (cobre, bronze depois o ferro), o que veio revolucionar todas as técnicas ate então empregues. Para tanto, o aumento da produção no campo liberta do trabalho agrícola alguns dos seus membros, que se tornaram artesãos e passaram a dedicar-se por tempo inteiro as artes de olaria, tecelagem e marcenaria e, mais tarde, também a ourivesaria e metalurgia, o que conduz a produção de uma grande gama de objectos, bem como a invenção de novos processos de fabrico. E a especialização artesanal que vai dar lugar a produção com vista a trocar ou venda de produtos, estimulando assim o incremento da actividade comercial.
Não existiam ainda máquinas, pelo que tudo era feito, numa fase inicial, a custa da forca muscular humana e, mais tarde, com o contributo do vento e da água. Datam desde período a invenção do torno, dos veículos de rodas, do arado e da vela do navio. 
Na Grécia Clássica, entre os séculos VI e IV a.C.,  a produção industrial concentrava-se em dois tipos: nas oficinas estatais, onde se produzia tecidos, pergaminho e papiro, utilizando como mão-de-obra homens livre e escravos, e nas oficinas de produção livre, nas quais, pela compra de licença ao Estado, os proprietários (artesãos) fabricavam azeite, cerveja, papiro e tecidos.
Entre os séculos I e V d.C., no Império Romano a actividade produtiva exercia-se em pequenas oficinas onde se produziam tecidos, cerâmica, vidro, objectos e artigos de ourivesaria e joalharia. Existia também uma desenvolvida industrial de extracção de cobre, estanho e chumbo.
Era época da pequena industria ou artesanato, que, como vimos, consistia, e consiste ainda hoje, na elaboração de objectos a partir de matérias-primas existentes na região ou nas proximidades numa pequena oficina ou na própria habitação. Tinha por objectivo a troca ou a venda dos produtos.




Industria na Idade Media

Durante a Idade Media, surge a indústria de oficio, ou seja a pequena industria se domicilio que se caracterizava, fundamentalmente, pelo artesanato. Esta concentrava-se junta aos bairros, cujas ruas tomavam o nome do grupo social que ai se fixava (Rua dos Sapateiros, dos Fanqueiros, dos padeiros, etc.)e que formavam associações de carácter profissional. Cada associação ou corporação de ofícios tinha um regulamento, escrito que estabelecia os horários, as condições de trabalho, os processos de fabrico, os preços e o número de trabalhadores, etc.
Os membros das corporações estavam organizados segundo uma rigorosa hierarquia que ia desde a categoria de aprendiz, entrada para a profissão, ate de mestre, topo da carreira, a qual era atingida após vários anos de trabalho na categoria intermédia de oficial e da prestação de provas. Apenas os mestres podiam ser proprietários das oficinas e, como membros das corporações, dificultavam a obtenção do grau de mestre como forma de evitar a concorrência e dispor de mão-de-obra barata. Portanto, era a criação do verdadeiro artesanato, que já no período anterior tinha lançado as suas raízes.

Industria na Idade Moderna

A influência das doutrinas económicas mercantilistas dos finais do século XVII, de Colbert, Adam Smith e Stuart, proporcionou novas perspectivas a indústria, criando a indústria de manufatuctura, baseada nas corporações de ofícios manuais herdados da Idade Media.
O grande volume de negocio veio, porem, modificar as técnicas industrial, podendo assim afirmar-se que na Idade Media se lançaram os fundamentos do capitalismo, que terminou com o triunfo do progresso industrial.
Foi advento da pequena empresa industrial, em substituição do artesanato ou fabrico tradicional, com a concentração dos artífices em instalações apropriadas (factory system) e a coordenação das técnicas de produção manual que conduziu a produção em massa.
Assim, surge a regularidade da produção e o consequente aumento de rendimentos que vieram permitir a comercialização dos produtos de luxo, como a seda, veludos, tapetes, etc., colocando o comércio na dependência da indústria. Foi com a industria têxtil que se desencadeou a mecanização das fabricas, dado que a maquinaria têxtil era a mais barata e a que tinha uma procura crescente dos artigos produzidos, o que esta também ligado ao aumento populacional e a melhoria das trocas comerciais. Datam desta época os grandes inventos que provocaram uma verdadeira transformação tecnológica, em que sobressaem a lançadeira volante de John Kay (1733), a qual se seguem a roda de fiar de James Hargreaves (1764), a fiandeira mecânica de Samuel Crompton (1779) e tear mecânico de Edmund Cartwright (1785), não como resultado de investigações no campo da ciência mas como fruto dos trabalhos de empiristas. Paralelamente a estas invenções, a invenção da máquina a vapor por James Watt, em 1777, constitui uma das mais importantes deste período. Era o advento da Revolução Industrial, que se inicia na Grã-Bretanha.

3.1.3 Revolução Industrial

A Revolução industrial refere-se ao conjunto de profundas transformações tecnológicas, económicas e sociais que ocorreram na Inglaterra na segunda metade do século XVIII.
Este processo expande-se, a a partir dai, por toda Europa, especialmente pela Franca e Bélgica, na primeira metade do século XIX, Alemanha e Rússia durante a segunda metade do século XIX e fora da Europa, pelos Estados Unidos da América e Japão, na segunda metade do século XIX e princípios do século XX. Contudo, neste século, após a Segunda Guerra Mundial, expandiu-se por todos os continentes quando, em ritmo acelerado, países como, a Índia, o Brasil, o México, a Austrália a África do Sul e outros se começaram também a industrializar.
Revolução Industrial introduziu no processo produtivo várias técnicas que foram diminuindo a necessidade de mão-de-obra e que possibilitaram a acelerará e aumento da produção de mercadorias. A oferta foi largamente ampliada e diversos produtos, antes apenas consumidos nos países mais desenvolvidos e por pessoas das classes mais altas, passaram a ser consumidos a escala mundial pela classe média e ate pela classe de mais fracos recursos. E, pois, um dos aspectos-chave responsável pelo moderno processo de globalização.



Causas da Revolução Industrial

Inúmeros foram os factores condicionantes da eclosão da Revolução industrial. Assim, este fenómeno e considerado, por alguns investigadores, como um dos passos mais importantes da civilização dos tempos modernos pelos reflexos que teve nos diversos campos da actividade humana. Esta revolução surge na Europa, concretamente no Reino Unido, onde, desde o século XVII, o incremento do comércio externo originou uma burguesia endinheirada, pronta a investir na indústria dado o seu espírito de aventura e a existência de um vasto mercado interno e externo (colónias). A somar a estes factores, a existência de abundantes matérias-primas, a situação geográfica e politica privilegiada (estabilidade e independência), as boas redes de transportes e comunicações e existência de mão-de-obra contribuíram substancialmente para eclosão da Revolução Industrial. Foi neste conjunto de factores favoráveis que os novos inventos técnicos surgiram, trazendo consigo a Revolução industrial na segunda metade do século XVIII.
 Assim, das causas responsáveis para a eclosão deste fenómeno destacam-se:
1.      A riqueza do subsolo inglês (carvão e ferro) – a abundância de minérios de ferro e carvão mineral permitiram uma produção abundante de aço e ferro, indispensáveis ao fabrico de maquinarias diversas, bem como a disponibilidade de fontes energéticas para o funcionamento das indústrias existentes na época. Por isso, alguns autores consideram que a riqueza do solo inglês em carvão mineral e hulha foram o pão da indústria, tanto mais que, para além de serem aplicadas como matéria-prima, desempenhavam um importante papel energético.
2.      A acumulação de enormes capitais -como resultado do intenso comércio externo, sobretudo com as colónias, a Inglaterra tornou-se a maior potência comercial e colonial do mundo e investiu os dividendos desde comércio na indústria.
3.      Aposse de um gigantesco império colonial: a metrópole conseguiu obter matérias-primas (minerais e agricolas) através das suas colónias. Como possuía um poderoso mercado para colocarão dos seus produtos industrias, acumulou riqueza.
4.      Revolução agrícola: o desenvolvimento da agricultura proporcionou, por um lado, o aumento acelerado da produção agrícola, capaz de alimentar uma população em rápido crescimento e cada vez manos ligada a agricultura, e, por outro, a libertação de muita mão-de-obra rural de que a indústria necessitava. Na senda desta, constatou-se que a agricultura exigia novos instrumentos que técnicos que estimulassem maior produção e produtividade. Dai surgiram novos instrumentos que possibilitavam maior produtividade agrícola e asseguraram a satisfação das necessidades da população.
5.      Revolução demográfica: foi um dos factores que aumentou extraordinariamente a procura de produtos fabricados e pôs a disposição da industria vastos recursos humanos, com uma forte proporção de jovens, ansiosos por abandonarem os campos e procurarem na actividade industrial uma ocupação mais bem remunerada.
6.      Invenções técnicas: assiste-se, também nesta altura, a sucessão de grandes invenções técnicas-foram inventadas e aperfeiçoadas diversas máquinas, como, por exemplo, as máquinas de tecer, fiar, cardar e a máquina a vapor, e novos métodos de produção de ferro e de aço, etc. O trabalho mecânico porem, exigia instrumentos resistentes e as varias pecas feitas em madeira tiveram de se substituídas pelo ferro, o que veio a provocar uma intensificação da mineração deste metal e também do carvão.
7.      A situação geográfica: a boa localização geográfica junto das vias de transportes e comunicação (rios navegáveis e acesso a bons portos, por exemplo) com fácil acesso as vias mais importantes do comércio mundial, proporcionaram também um comércio muito activo, a que se soma grande experiencia técnica, como, por exemplo, na navegação marítima (industria naval principalmente).
8.      Espírito de iniciativa: dispor d capitais, matérias-primas abundantes, vastos mercados, riqueza do subsolo em minérios, etc., nada seria possível se os ingleses não tivessem espírito de iniciativa. Com feito, foi graças a esse espírito que eles foram bem sucedidos.

Fases da Revolução Industrial

A Revolução Industrial subdivide-se em três fases distintas, relacionadas com as fontes energia, nomeadamente; a fase do carvão, ferro e maquina a vapor 9Era da forca mecânica), a automatização (Era da energia nuclear e da cibernética).



1a  Fase:  A Força Mecânica (1750-1875)                        

Designada, por alguns autores, como a fase da revolução do carvão-ferro e da máquina a vapor, marcou a passagem da manufactura para a maquinaria. Na sua primeira fase, a Revolução Industrial foi essencialmente mecânica, para responder à crescente procura, resultante do acentuado crescimento demográfico que exigia um maior consumo de bens primários, bem como secundários. Assim, a indústria teve de melhorar a sua produtividade, fazendo, por isso, um apelo as maquinas. A indústria têxtil foi a primeira beneficiária desta transformação, a invenção da máquina de tecelagem por Jonh Kay, em 1733.
Surgem várias invenções, como a máquina de fiar o descaroçado de algodão entre outras. Porem, a máquina a vapor foi a conquista mais importante da1a.a fase da Revolução industrial. Permitiu passar das fontes de produção de energia mecânica, tal como a tracção animal e a roda de água, para o carvão e a hulha, que se tornam a nova fonte de energia. Surgiu, assim, uma nova industria, a siderurgia.
A maior parte das industria localizavam-se junto as bacias carboníferas devido as dificuldades de transporte do carvão. Por vezes, estas podiam localizar-se ao longo dos cursos de Agua, para aproveitar a energia hidráulica, e ate nas florestas, dado que ai aproveitavam a energia proveniente da biomassa-lenha e carvão vegetal.
Inicia-se revolução nos transportes com a invenção do navio a vapor e, mais tarde, da locomotiva a vapor, que ira resolver o grande problema dos transportes e comunicações internos. Este facto, aliado a invenção da debulhadora e da ceifeira mecânica e melhores arados, contribuíram para o progresso da agricultura. Nesta mesma altura, surgem os movimentos sindicais e abrem-se das actividades bancárias devido as necessidade de capital para investimento. E também altura que nascem as companhias de seguros.



2a Fase: Revolução energética (1880-1950)

Esta fase e também designada por Revolução da electricidade do motor de explosão e vai dos finais do século XIX a primeira metade do século XX, quando são descobertas novas fortes energéticas como a electricidade, o petróleo e gás natural. A invenção do motor de explosão, a turbina e o dínamo vão revolucionar novamente a indústria, acabando com o condicionalismo energético, devido a dificuldade de exploração e de transporte de carvão que obrigava as indústrias a localicalizarm-se junto as fontes de energia (bacias carboníferas). Assim sendo, estas deslocam-se para as cidades onde encontram mercados e mão-de-obra.
O petróleo não so constituía fonte energética, como também desempenhava um papel preponderante no fornecimento de matéria-prima para a industrial química, fornecendo fibras sintéticas, matérias plásticas, amoníaco, tintas, etc.,. E, portanto, o eclodir de novas industriais (metalurgia do alumínio, industrias química) e da produção em massa estimulada pelo incremento e evolução dos meios de transportes (invenção do automóvel, do navio e do avião) e expansão dos mercados. Assim, surge a indústria moderna nos países desenvolvidos, caracterizada pela produção em larga escala, fabrico em serie, trabalho em cadeia, estandardização, especialização, publicidade para alcançar e estimular a venda e pesquisa com intuito de lançamento de novos produtos.

3a Fase: Revolução da energia atómica e da automatização

Esta fase e também denominada por Era da energia nuclear, da electrónica da automatização e dos computadores. A investigação não para e com ela novas técnicas vão sendo descobertas.
E a era da cibernética, também conhecida por revolução cientifica.
Iniciou-se após a Segunda Guerra Mundial, chegou aos nossos dias e continuara, a menos que os progressos tecnológicos nos coloquem perante outra nova fase da Revolução Industrial.
A característica marcante desta fase e a submissão da mecanização pela automação e automatização.
O trabalho humano e substituído pelo robot e / ou computador. O trabalho, que ate há pouco tempo era feito por um grande grupo de operários, passa a ser feito por um único operário cuja tarefa é carregar em botões
Nesta, assiste-se ao desenvolvimento da indústria electrónica, pois o seu campo de acção e cada vez mais vasto, abrangendo as telecomunicações, radiodifusão, televisão, radioastronomia, radar, electromedicina, ajuda a navegação marítima e aérea, sistemas de investigação científica, etc.
 Hoje em dia, com possibilidade de esgotamento do petróleo e os problemas da energia nuclear, o Homem procura novas alternativas. As energias renováveis (solar, eólica, geotérmica, bioenergia, etc.) são cada vez mais uma preocupação universal.

Consequência da Revolução industrial

A Revolução industrial teve consequências socioeconómicas e ambientais, que se sentiram, em especial, ao nível da demografia, da agricultura, dos transportes e do desenvolvimento urbano.
Assistiu-se a um vertiginoso crescimento demográfico como resultado dos progressos técnicos e científicos alcançados nos campos da agricultura e medicina. Isto contribui substancialmente para a supressão da fome, epidemia e, sobretudo, uma redução das taxas de mortalidade e, consequentemente, um aumento da longevidade da vida, humana, que originou uma verdadeira explosão demográfica. O bem-estar das populações melhores bastante relativamente a épocas anteriores, isto e, os homens passam a desfrutar de melhores condições de vida.
Na agricultura, a Revolução Industrial trouxe novos instrumentos técnicos quem permitiram incrementar a produção e a produtividade. Assim, a introducao de diversas maquinas agrícola, de novas culturas e de novos sistemas de irrigação, o aumento de terras de cultivo proporcionada pela mecanização e a modernização dos meios de transportes, constituíram actores indispensáveis para a maximização da produção agrícola uma vez que há necessidade crescente da produção de alimentos para uma população que crescia e cresce a um ritmo acelerado.
No ramo dos transportes, assiste-se a uma profunda transformação, iniciada pela máquina a vapor. O desenvolvimento dos transportes ferroviários, terrestres, marítimos e aéreos permitiram o contacto imediato com o resto do mundo, possibilitando a ampliação do horizonte geográfico.
Estas inovações vem assegurar o escoamento de produtos diversificados a partir do local de produção para o mercado consumidor, quebram-se as barreiras geográficas, facilitando, assim, o incremento do fluxo do comércio regional, nacional, continental e mundial.
No desenvolvimento urbano, e inquestionável a contribuição da Revolução Industrial, isto porque esta veio criar novas cidades de grande concentração populacional e industrial. Assim, os artesãos que viviam numa pequena aldeia no meio rural, procuram agiram trabalho nas fábricas e comércio das cidades, o que a leva migrarem para os centros urbanos. O tecido urbano expande-se em seu redor, sugerindo, assim, cidades de maior diâmetro; por exemplo em 1800 a cidade de Londres tinha um diâmetro de 10 km, já 1914 atinge os 35 km e, 1960, os 70 km e dai em diante foi crescendo vertiginosamente.Com efeito, desde os tempos idos ate hoje, constata-se que a expansão das cidades pelas áreas suburbanas esta frequentemente ligada ao crescimento das industrias e da actividade comercial.
Ao nível ambiental, constata-se que a Revolução Industrial incrementou o papel dos metais e mobilizou fontes de energia cada vez mais importantes.
Os laços entre as actividades de transformação e o meio sofreram profundas alterações. Por exemplo, a Revolução Industrial contribuiu para a delapidação e determinação dos recursos naturais. As paisagens transformaram-se vertiginosamente. O clima influencias cujas modificações são actualmente visíveis.
Introduzindo na paisagem rural e urbana novos elementos como fabricas armazéns, fumos, ruídos, bairros residências, movimentos intensos de veículos e pessoas, a indústria modificou profundamente o espaço, chegado a transformar áreas desabitadas em grandes centros de atracção populacional, criando as paisagens industriais que, apesar da existência de diferenças, todos tem algo em comum: são o resultado do processo de industrialização.

 O comércio depois da Revolução Industrial e na actualidade

Comércio internacional

O comércio internacional pode diferir-se como a operação de troca de bens e serviços entre países, segundo regras definidas. Após a segunda Guerra Mundial, as trocas comerciais internacionais sofreram incremento muito importante. Aumento deveu-se a melhoria de vida das populações deslocalização industrial da produção, aumento da população mundial, liberalização dos mercados com os acordos  do (GATT)  e a criação da organização mundial de comercio (OMC)  no sentido de regular o comércio internacional.
A distribuição geográfica do comercio internacional foi determinada pela repartição de riqueza a nível mundial ela natureza de produção e consumo e cada uma das áreas económicas d planeta e ela existenciais diferentes sistemas económico e políticos. Por outro lado, quando se analisa o comércio, a nível mundial, constatam-se profundos desequilíbrios a sua repartição espacial, traduzindo-se pela sua elevada concentração nos países desenvolvidos e industrializados, em detrimento dos países em desenvolvimento e menos industrializados.

  Comercio nos países desenvolvidos

O fluxo comercial nos países desenvolvidos atingiu um crescimento significativo e caracteriza-se essencialmente pela transacção de produtos transformados, seja de bens de consumo o de equipamentos. Com apenas 25% da população do globo, os países desenvolvidos detêm cerca de 75 do comércio mundial. À UE (União Europeia) pertence acerca de 37% do comércio mundial, segunda dos EUA e Japão. Contudo, considerados os países individualmente, a maior potência comercial do mundo são os EUA, com 13,2% importações e 11,7% das exportações mundiais. Na EU destaca-se a Alemanha (a maior potencia comercial europeia), Franca, Reino Unido, Italia, Holanda e Bélgica. Na América do Norte destaca-se o Canada e EUA.

Comercio nos países em desenvolvimento

Contrariamente ao que acontece nos países desenvolvidos, nos países em desenvolvimento o fluxo comercial e constituído fundamentalmente por matérias-primas (ferro, cobre, algodão madeira, etc.) fontes energéticas (petróleo, gás natural e carvão mineral) e produtos alimentares (açúcar, oleaginosas, café, fruticultura, ainda que alberguem dois terços da população do globo, Assim, constata-se que o tipo de comercio dos países em desenvolvimento assenta essencialmente na exploração dos recursos e produtos agricolas tropicais e importação de bens transformados (bens de equipamento)
Actualmente, nesta mesma categoria, há a excepção de países que actualmente deram um salto qualitativo e quantitativo em termos do crescimento das transacções comerciais. Fazem parte deste grupo, os chamados < <Novos Países Industrializados>> (China, Coreia do Sul, Taiwan, Hong Kong, Singapura, Malásia, Tailandia,Brasil, Argentina, México, Chile), que estão a alcançar um importante lugar na produção e comercialização, tanto de bens tradicionais e ou primários como também de elevado valor tecnológico.
Estes países ativeram este estagio graças a importação de tecnologia do Ocidente ao baixo custo da sua mão-de-obra, bastante abundante, constituindo assim uma seria ameaça aos restantes países pela sua forte concorrência. Ao nível da disparidade entre estes dois grupos de países, destaca-se: as grandes asimetrias no desenvolvimento industrial, as tecnologias disponíveis, as politicam governamentais, entre outras.

Principais grupos de produtos e as grandes regiões comerciais do mundo

No que toca aos principais produtos transaccionais a nível mundial, podemos agrupa-los em três grandes grupos: Produtos agricolas; produtos minerais e energéticos; produtos manufacturados.
Produtos agricolas
No fluxo dos produtos agricolas, os cereais tem um lugar de destaque dada a sua importância na alimentação humana. Desde modo, repreende-se o comercio mundial de cereais e dominado pelo trigo milho e arroz. Os fluxos do trigo são dominados pelos países desenvolvidos, com destaque para os EUA, o Canada e Austrália. Em contra partida, as principais áreas compradoras correspondem a países da Ásia Oriental e Meridional, bem como o Norte de África e sobretudo África Subsariana.
Por sua vez, o comércio Mundial do arroz encontra-se fundamente assente no continente Asiático, facto que se relaciona com o elevado consumo deste cereal por parte de grande parte da população deste continente superpovoado. A Tailândia e o principal exportador de arroz para os países da Ásia Oriental e Meridional e África Austral.

Comercialização de produtos minerais e energéticos

Os recursos minerais apresentam uma considerável dispersão pelo mundo, ao passo que as regiões industriais onde se regista a sua transformação caracterizam-se por uma acentuada concentração num número restrito de países. Assim, este facto propicia importantes fluxos destes recursos entre os países detentores e os de transformação.
Os principais minerais comercializados são: ouro, prata, ferro, manganes, estanho, cobre, alumínio, níquel, urânio, fosfatos, bauxite, diamante, pedras preciosas e semipreciosas, entre outros.
Quando aos produtos energéticos, importa-nos aqui referir que o crescente consumo de energia a nível mundial tem levado cada vez mais a procura desmedida deste valioso recurso, sendo que nalgumas regiões começam a chegar ao fim as reservas de gás natural, petróleo e carvão mineral. Relativamente ao crescente consumo de energia a nível mundial, tornam-se cada vez mais valiosas as reservas de combustíveis fosseis (carvão mineral, petróleo e gás natural).
O carvão mineral, cujo consumo remonta desde a primeira fase da Revolução Industrial ate a Segunda Guerra Mundial, deixou de ser o combustível mais utilizado em favor do petróleo.
Apesar disso, os fluxos de carvão continuam a ser importante pois registam uma semelhança com os fluxos de ferro.
Em contrapartida, o petróleo representa a mercadoria mais transaccionada a nível global. Os maiores reservas, seguindo-se o Norte de África, México, Venezuela e a Nigéria. Os Estados membros da OPEP (Organização de Países Produtores de Petróleo) são: Arábia Saudita, Irão, Iraque, Líbia, Nigéria, Emirados Árabes Unidos, Kuwait, Venezuela, Argélia, Qatar, Angola, e Equador. Esta organização foi criada em 1960, englobando a maior parte dos países acima descritos.

Os fluxos de produtos manufacturados     

Os fluxos de produtos manufacturados são dominados por países industrializados, quer no que respeita a produção, que em relação ao consumo. Os países em desenvolvimento estão numa posição bastante fragilizada face aos fluxos destes produtos.
Os principais blocos económicos que mais contribuem na exportação de produtos manufacturados são: os EUA, o Japão e a UE. Assiste-se a um galopante passo de exportação destes produtos pela China, que nos leva a crer que e, hoje, um dos principais países com mais exportação a seguir aos EUA.
Os produtos manufacturados mais comercializados por estes países são: maquinas-ferramentas, automóveis, material informático, têxteis e electrodomésticos variados.
 


 Factores de localização da indústria

A actividade industrial esta distribuída uniformemente sobre a superfície terrestre, pois existem áreas de maior concentração industrial. Este facto deve-se a conjugação de factores de ordem físico-natural e socioeconómica. Assim, diversos são os factores que concorrem para localização das unidades industrial, nomeadamente as matérias-primas, a energia, a água, a mão-de-obra, o mercado consumidor, os transportes e vias de comunicação, o capital, a inércia geográfica, a solidariedade técnica, o espaço, o ambiente e acção da Estado. Pela sua infinidade, cingir-nos-emos apenas a alguns dos principais factores.
Factores físicos-naturais
Para que a localização de uma fabrica seja óptima, e necessário que vá originar a maximização de lucros por minimização de investimentos. Nesta perspectiva dá-se ênfase a conjugação total dos factores responsáveis pela localização espacial da indústria, embora haja um que mais se destaque.
Matérias-primas
A matéria-prima e o ponto de partida para a obtenção de qualquer produto elaborado ou semi-elaborado de que a industria. Portanto, a sua dependência vária na razão da natureza da matéria-prima. Para as industrias que utilizam matéria-prima de maior desperdício bastante volumoso e/ou pesadas, como, por exemplo, as industrias açucareiras, siderúrgicas, industria extractiva mineira, etc., elas devem localizar-se preferencialmente junto as fontes de matérias-primas, cem vista a reduzirem os maiores desperdícios, bem como os custos de transportes, permitindo assim a maximização do capital. O mesmo acontece com as industrias que utilizam matérias-primas perecíveis ou de fácil deterioração. Tal e o caso das agro-indústrias (industria de conserva de tomate, por exemplo, que se devem implantar, neste caso, juntos as plantações de tomate).
Fontes energéticas
E inquestionável o papel que as fontes energéticas exercem para a localização das industrias. Contudo, a energia a utilizar depende essencialmente da sua rentabilidade, da sua abundância e do tipo de indústria.
As primeiras industrias localizavam-se junto as bacias carboníferas carvão, junto aos cursos de agua para aproveitar a energia hidráulica e próximo das florestas para explorar a lenha e carvão.
Estas industrias tinham que forçosamente localizar-se junto as sua fontes. Dai que, durante muito tempo, o carvão mineral (especialmente a hulha) se tenha tornado o << pão da industria>>, quer como combustível, quer como redutor na produção de ferro e aço. Mas, com o decorrer do tempo, embora esta fontes energéticas exercessem um papel preponderante na localização das indústrias, constatou-se que este condicionalismo perdeu, pouco a pouco, a sua função, visto que, com a descoberta de novas fontes energeticas-petroleo, gás natural e electricidade, facilmente transportáveis a longas distâncias, as indústrias libertaram-se dos imperativos de localização.
   Actualmente, o petróleo e o gás natural prestam-se bem a ser transportados po oleodutos e gasodutos de grande extensão-por milhares de quilómetros-que ligam poços de extracção as refinarias ou aos portos de embarque. Por este factor.
Quanto a electricidade, importa frisar que e uma forma de energia facilmente transportável, dai que a dependência locativa da industria relativamente pequena.
Agua
A água e um factor técnico de localização industrial simultaneamente antigo e moderno. Nesta visão, a agua e usada na industria como matéria-prima (industria química e de refrigerantes), para lavagem ou limpeza dos escritórios e instalações, diluição, no arrefecimento de maquinarias (caldeiras e centrais termoeléctricas), etc. Todas as indústrias necessitam de águas, umas mais do que outras. As que consomem maior quantidade de água são as indústrias químicas, siderúrgicas, têxtil e a de pasta de papel. Estas industrias tem, pois, necessidade de se localizarem em locais onde exista água em abundância, como, por exemplo, nas margens dos grandes rios.
Ambiente
Algumas industrias são altamente poluidoras e , por isso, perigosas para a saúde das população e que vivem nas imediações, visto que estas industrias provocam poluição sonora, do solo, atmosférica e hídrica que impedem o desenvolvimento das espécies floro-faunisticas e, principalmente, prejudicam saúde humana. Assim sendo, alguns governos decretam leis que estimulam a sua migração para locais muito distantes dos aglomerados populacionais, especialmente das cidades, com vista a permitir uma boa saúde publica e a salvaguarda do meio ambiente.
Espaço
Este factor e, actualmente, um dos mais importantes na localizacao das industrias. A exportacao continua destas conduzir invitavelmente a falta de espaço nos terrenos anteriormente adquiridos.
Por um lado, o preço elevado dos terrenos e as restrições a industrialização urbana tornaram mais cómodo e rentável vender o terreno ocupado pela antiga industria e construir fábricas novas em espaços mais desafogados. Por outro, a importação de uma unidade industrial ou um complexo industrial tem de ter em atenção a natureza do material litológico e a geomorfologia, isto e, o tipo de rocha e solos predominantes, a disposição orográfica (topografia), e a manor ou maior dimensão do terreno. Existem indústrias que, pelas suas características, necessitam de um espaço maior, não so para ocupa-lo com infra-estruturas, mas porque também precisam de um espaço maior amplo para as operações de manuseamento de cargas, tanto de matéria-prima como do produto final, feito por camiões e outras maquinarias.
Nesta perspectiva, as indústrias migram para a periferia porque no meio rural o preço do solo e mais barato. No meio rural evita-se, também, as dificuldades do trânsito rodoviário (congestionamento) que frequentemente acontecem cidades e que dificulta o fluxo de mercadorias.
Socioeconómicos
Do ponto de vista socioeconómico, destacam-se os seguintes factores: capital, mão-de-obra, consumidor, transporte e vias de comunicação, acção do Estado, solidariedade técnica e inércia geográfica.
Capital
A criação e funcionamento de uma indústria moderna exige avultados investimentos para a aquisição de equipamento (maquinaria), meios de transportes, compra de terreno pagamento de mão-de-obra, impostos, markting, etc. Assim sendo, constata-se que, apesar disso, o capital exerce hoje uma fraca influencia na localização industrial, dada a eficiência e rapidez das comunicações e o desenvolvimento da informática, que permite maiores transacções distribuição mundial da indústria. Só para elucidar os países de terceiro mundo possuem fraco desenvolvimento industrial devido principalmente a insuficiência de capitais, pelo que as poucas industriais ai existentes são controladas pelos detentores do capital (multinacionais_ dos países desenvolvidos e industrializados.
Mão-de-obra
A quantidade e qualidade da mão-de-obra obriga muitas vezes as industria a localizarem-se em certas regiões. Constata-se que todas as industrias tem a mesma exigência quanto a mão-de-obra, isto e, há industria que a exigem muito, como por exemplo, a industria têxtil e a de confecção de calcado e, por isso, tais industrias tendem a: localiza-se em locais que ofereçam mão-de-obra abundante, barata e não qualificada.
As cidades são, geralmente, os grandes centros de atracção para estas indústrias, pois ais encontram a mão-de-obra que necessitam. Para outras indústrias não interessa a quantidade, mas sim a qualidade e a especialização da mão-de-obra. São exemplo a indústria aeronáutica, electrónica, etc., e estas geralmente localizam-se junto aos centros urbanos, universidades e centros de pesquisa e de investigação científica. Alem disso, os técnicos especializados exigem determinadas condições de vida que só os centros urbanos oferecem. no entanto, nota-se que pouco a pouco esta dependência em relação aos centros urbanos vem sendo atenuida, pois o desenvolvimento dos meios de transporte e comunicação, cada vez rápidos e cómodos, permitem grande4s deslocações em curto espaço de tempo e a longas distancias, o que faz com que sejam as industrias a atrair a mão-de-obra e não o inverso. As grandes multinacionais encarregam-se de recrutar mão-de-obra e não e forma-la. Não obstante, a automatização e automação do trabalho originam uma diminuição da dependência da localização das indústrias em relação a mão-de-obra
Mercado consumidor
O poder de atracção que as cidades exercem sobre as resume apenas a oferta de mão-de-0obra, pois estas constituem também vastos mercados de consumo, pelo que são para elas atraídas muitas industrias ligeiras como as do vestuário, produtos alimentares, refrigerantes, artigos eléctricos, artes gráficas, entre outras.
Assim como o industrial procura sempre maximizar o lucro com o menor investimento de capital, o mercado e um dos primeiros aspectos a ter em consideração, sob risco de ver o seu maior objectivo comprometido. Desse modo, existem indústrias de artigos de luxo, no caso concreto de jóias, que devem acompanhar de perto os estilos de vida dos consumidores.
Nesta perspectiva, importa sublinhar que a atracção das indústrias pelo mercado consumidor e também impelida pelo custo dos transportes e natureza do produto, isto e, no caso do produto final ser difícil ou frágil transporte, a indústria devera localizar-se próximo do lugar do consumo. Temos, como exemplo, as indústrias alimentares de furtas e refrigerantes, electrónica, entre outras.
 Transportes e vias de comunicação
Os meios de transportes e comunicação constituem factures decisivos para a localização da industria pois estes permitem trazer a matéria-prima da sua fonte para a industria, desta para o mercado consumidor e, por sua vez, do mercado consumidor novamente as industrias ( no caso dos produtos semi-acabados). Também contribuem para a mobilidade, especial da energia da mão-de-obra. Para as industrias cujo produto final e de difícil transporte, por necessitar de devem localiza-se preferencialmente junto as vias de transporte e comunicação
Acção do Estado
Alguns Estados intervêm na distribuição geográfica das suas indústrias. Assim, estes descongestionam as industrias da regiões den   gi deprimidas, com vista a reduzir os desequilíbrios socioeconómico existentes e reduzir o desemprego, as migrações pendulares e o êxodo rural, etc. Por isso, os governos tem tomado uma serie de medidas que estimulam a implantação de unidades indústrias em determinado industrias por meio de isenções físicas ou redução das taxas de imposto em determinados períodos de tempo, em detrimento das regiões fortemente industrializadas. E criam ainda infra-estruturais de modo a atrair os empresários.
Paralelamente a esta visão, por questões estratégicas, alguns países desenvolvidos expandem as suas indústrias (multinacionais) para todo o mundo para evitar que o seu parque industrial seja eventualmente destruído por possíveis conflitos militares (guerras), grandes crises económicas ou outras situacoes-limite

A inércia geográfica
A distribuição geográfica de muitas industrias actuais tem a sua exploração no passado, pois a sobrevivência de uma are industrial antiga reside, em muitos casos, na inércia geográfica, ou  seja, na residência ao declínio quando desaparecem as vantagens locais iniciais. Uma área pode ter-se tornado centro industrial importante graças a existência próxima de matérias-primas, de recursos energéticos ou outros factores. Desaparecidos ou esgotados tais factores, o ideal seria pensar-se que o centro industrial seria abandonando e que, consequentemente, desapareceria. Todavia, este pode resistir ao declínio e manter-se.
As razoes que explicam inércia geográfica baseiam-se em aspectos: Primário, deve-se a imobilidade do equipamento (edifícios e maquinarias) que e, normalmente, de grande durabilidade e que representa um maior investimento. Dai que os proprietários das empresas procuram mantê-las em actividade naquele mesmo espaço, pois torna-se economicamente mais fácil expandir a infra-estrutura industrial já existência duma forca de trabalho qualificada e a solidariedade técnica, desenvolvimento de meios de transportes e comunicações, a fama de certa reputação, a presença de vantagens comparativas no que respeita a facilidades socioeconómicas, compensam em grande parte as desvantagens surgidas, mantendo assim as indústrias naqueles locais iniciais.
O exemplo disso e que se verifica nas siderurgias de Pittsburgh (EUA) e Sheffield no Reino Unido, onde a atracção pelas localizações iniciais tem diminuído de importância mas, heranças do passado, aliadas a vantagem resultante da proximidade de muitas siderurgias, tem-lhes assegurado o lugar que ocupa na produção siderúrgica dos respectivos países.



Solidariedade técnica

A solidariedade ou completamente técnica é um dos fatores-chave para a localização especial das indústrias, uma vez que se traduzem em condições adequadas para a implementação fabril. Referimo-nos às vias de transporte e comunicação, energia, serviços variados como a banca, seguros, hospitais, rede de abastecimento de água, escolas, etc. muitas indústrias aproveitam-nas e estabelecem-se próximo ou em redor da(s) primeira(s) indústria(s), com vista a beneficiarem das condições criadas e minimizarem os seus custos de produção.
Assim, verifica-se que a aglomeração das diversas indústrias, mesmo independentes, faz baixar os custos das infra-estruturas de suporte que as servem, pela sua utilização comum. Por exemplo, o Parque Industrial da Matola na Província de Maputo, tornou-se numa área de muitas indústrias, apesar de, inicialmente, esta região ter sido pensada para as funções industrial e residencial. Ma zona de Beleluane-Matola Rio, onde está instalada a fábrica de alumínio de Moçambique (Mozal), é notória a influência da solidariedade técnica e tem-se verificado uma tendência crescente de surgimento de muitas indústrias e empresas diversificadas em seu redor, como resultado das condições socioeconómicas e técnicas criadas inicialmente pela Mozal.

Organização do trabalho industrial

A actividade industrial possui uma organização peculiar que a destingue de tantas outras actividades. Assim, algumas das formas de organização científica do tabalho Industrial são: otaylorismo, o fordismos, a estandardização, a produção em série, o trabalho em cadeia, a especialização e a organização industrial das grandes concentrações.
Taylorismo
O taylorismo surge através do engenheiro eamericano Frederick Taylor, nos princípios do século XX. Taylor pôs em prática as primeiras regras a que deve obedecer a produção industrial, cuja base funamental é a divisão de tarefas por operário, isto é, sua especialização. Assim o taylorismo assenta nos seguintes princípios: a cada operário ou grupo de operários caberá apenas a execução de uma tarefa especifia, advindo daí uma execução mecânica e automática cada vez mas perfeita, eliminando-se a perda de tempo e dos movimentos desneessários e esforços inúteis. Cada operário deverá ser selecionadp para realizar uma tarefa de acordo om as suas aptidões e também cada operário será remunerado em função do seu rendimento.
Estas regras incrementarão o rendimento e a produção, logo aempresa terá maiores lucros e menos custos de produao. Este autor preconizava, ainda, que por esta via, seria possível reduzir o número de operários e, por conseguinte, a despesa de salários.
Apesar das vantagens oferecidas, há uma listagem de desvantagens, a saber: o operário poderá cansar-se devido a monotonia na execução das tarefas e consequentemente poderá reduzir o seu rendimento. Uma outra desvantagem consiste no acto da exclusão de operários ser grande e o facto de o trabalhador ou operário não dispor de espaço para implementar as suas iniciativas. Ademais, a implementação deste princípio conduz ao maior índice de desemprego.
Fordismo
Henry Ford, um industrial ameriano de automóveis, aperfeiçoou ao mais alto nível o taylorismo, permitindo assim absorver os operários de qualquer aptidão ísica, pois para todos havia uma tarefa específica, inclusivamente para os cegos, bem como para os operários sem membros. O fordismo tinha uma abordagem dierente do taylorismo, isto porque Ford tinha um carácter mais humano, pelo que se preocupava com o bem-estar do seu tabalhador ou operário. Elevou os salários e repartia os lucros, pelo que, inteligentemente, fez dos seus operários compradores dos outomóveis que eles mesmos produziam..
Estandardização
    A estanderizacao ou padronizacao e um massa, ou seja, em larga escala produto indenticos, isto e, tanto a maquina como o operariop adaptam-se a cada fim especifico, desde a entrad ada materia-prima ate a saida do produto final.
   A cada momento da operacao corresponde uma tafera distinta com um produto  diferente; oque implica necessariamente reducao de maquinas equipamento, aperfeicoamento do operario e, por conseguinte, reducao de custos e aumento de luvros devido a maoir produtividade. Este processo e resultado do taylorismo e fordismo.
Trabalho em cadeia
    O trabalho em cadeia e um nivel de producao em serie. As varias fases sucedem-se ininterruptamente do principio ao fim,e todas elas inrligadas, ordenadas harmoniosamente segur uma orientacao racional. Neste, o operario não se desloca, pemanenece sempre no mesmo local, pois e a maquina ou tapete rolante que vai rolando e trazendo os produtios que passam junto de cada operario, cabendo a este executar a tarefa que lhe esta predeterminada. As chamadas linhas de montagem são a perfeicao do trabalho em cadeia, estando prresente nas de automoveis, electrodomesticos, refrigerantes,etc.
    As inconveniencias deste processo predem-se nos embaracos da fase seguinte, devido a não execucao de alguma tarefa no momenyto previsto por parte do operario. A fsdiga da tarefa no momento previsto ev um outro aspecto a considerar, dado que o operario realiza tarefas rotineiras.
F inalmente, o operario torna-se uma autentica peca da maquina.
Especialização
   A especializacao e o corolario da evolucao de toda a organizacao de que falamos anteriorimente, tendo como base a divisao do trabalho em tarefas especificas. Esta data das corporacoes dos oficios na idade Media e foi aperfeicoada no seculo XVIII pelo ingles Adam Smith. O fim em vista e maximinizar a produção e a produtividade, pois cada operário familiariza-se mais com as máquinas que lhe estão destinadas e,m ao atingir a máxima perfeição, atinge o máximo rendimento, que corresponde ao fim último em vista.

Organizaçao das grandes concentrações industriais

A concentração industrial assume hoje um papel preponderante, pois permite a maior concorrência industrial e, consequentemente o crescimento económico. A concentração industrial pode ser geográfica e financeira. A concentração geográfica ou técnica está relacionada com a associação de estabelecimentos industriais num determinado espaço. Por sua vez a concentração financeira da indústria diz respeito ao crescimento do tamaho das empresas.
Entende-se aqui empresa como unidade financeira de produção que resulta da concentração do capital e da sua centralização. Esta unidade financeira tem uma sede social e pode comportar um número qualquer de estabelecimentos situados em locais variados e distintos da localização da sede social. Por seu turno, por estabelecimento entenda-se como unidade visível e que ocupa um lugar no espaço.
 A concentracão económica produz-se por vários processos, dos quais os principais são:
·         A ampliação duma empresa pioneira que construiu novas unidades fabris;
·         A fusão – que consiste na reunião de muitas emp[rsas de importância semelhante numa só;
·         A absorção – consiste na absorção de várias empresas pequenas pela maior;
·         Tomada de posição em sociendades por acções – este é o processo que actualmente assume o maior importância. As grandes sociedades tomam a participação noutras e procuram controlar estes por meio de uma posição maioritária.

Assim, a concentração económica assume duas formas principais: a concentração horizontal e a concentração vertical ou integração.
A concentração horizontal – consiste no conjunto de várias empresas similares, isto é, cujos produtos fabricados são idênticos, com o intuito de melhor controlarem os mercados e os preços. Por exemplo, uma concentração que inclui várias empresas que produzem veículos desde bicicletas, motorizadas, automóveis, autocarros, e tractores.
Na mesma categoria de exemplo, a indústria automobilística norte-americana, que antes contava com uma centena de sociedades, reagrupou-se em proveito de três construtores principais: a General Motors, a Ford e a Chriler. Por sua vez, a Philips (Holanda), a Grundig (Alemanha) e a Sanyo (Japão) são três das grandes marcas que dominam o mercado mundial de televisores, rádios e outros electrodomésticos.
A concentração Vertical ou integração \- consiste na integração ou agrupamento de várias indústrias ou empresas de actividades produtivas complementares, podendo ir a produção de matérias-primas até ao fabrico e venda de produtos acabados.
A integração pode ser ascendente (ou montante) quando a expansão se faz na direcção da produção de matérias-primas pela actividade principal (fabrico de produtos abados). Por exemplo, a Ford, fabricante de automóveis, proprietária de minas de ferro, de unidades siderúrgicas, de vias-férreas, plantação de borrachas, de grandes entrepostos comerciais, etc.
Diz-se integração descendente (ou juzante) quando a empresa se expande em direcção à produção e à qual a actividade fornece as matérias-primas. É o caso de algumas sociedades petrolíferas que, através da concentração vertical descendente, passaram a refinar o seu petróleo e  a fabricar produtos químicos derivados do petróleo e destinados ao corrente.
A concentração vertical e horizontal possibilita a redução dos custos da produção e, portanto, a aplicação dos principais das economias de escala, permitindo desde modo a maximização dos capitais por baixo investimento, segurança do aprovisionamento de matérias-primas e semi-elaboradas, stocs, evitar as concorrências comerciais e consolidar o seu monopólio e oligopólio do mercado. No segundo caso, acontece quando duas ou mais empresas controlam ou dominam o mercado.
Importa-nos salientar que, apesar de existirem algumas empresas e indústrias que optam por organizar-se em concentração horizontal e outras em concentração vertical, existem as que preferem adoptar as duas formas de concentração simultaneamente, constituindo assim grandes potentados industriais, com fabulosos volumes de venda e com muitas centenas ou mesmo milhares de empregados. Destas fazem parte, por exemplo, a General Motors, a Ford, ambas  nos EUA, a Unilever na Holanda e no Reino Unido, a Hitachi no Japão, a Siemens na Alemanha, entre tantas outras.
Conforme os tipos de relações económico-jurídicas que se estabelecem entre as empresas associadas, estas tomam designações diferentes, nomeadamente:
Os Trusts – são concentrações gigantescas que agrupam empresas que não perdem a sua existência jurídica própria mas perdem a independência económica e financeira em favor de uma delas. Por exemplo, a Philips, Shell, Bayer, etc.
Os Cartéis – são concentrações de empresas de um mesmo ramo industrial que celebram entre si um acordo com o fim de suprimir a concorrência ao controlarem o mercado. Conservam a sua independência jurídica e financeira. Como também se regulam por códigos de cumprimento mútuo, embora cada empresa mantenha a sua direcção. O exemplo disso é a forma de funcionamento das grandes empresas de exploração petrolífera, da UA e da OPEP (Organização dos Produtos e Exportadores de Petróleo). Esta última acerta entre si os preços e a quantidade de produção de petróleo.
Os Conglomerados – são firmas constituídas por empresas com ligação financeiras e que trabalham e que trabalham em sectores diversificados (por exemplo, a ITT agrupa electrodomésticos, mobiliário, hotelaria, indústrias alimentares, etc.) constata-se que a sua natureza favorece a redução de riscos económicos, permitindo-lhe obter maior rendimento dos sectores mais rentáveis. Nesta categoria, encontramos a Coca-Col, IBM, Mitsubishi, Renault, etc. As multinacionais ou transnacionais fazem parte desta categoria. Assim designam por estarem localizadas ou sediadas em várias nações.
As Holdings / consiste num grupo bancário que controla e agrupa participações de numerosas sociedades comerciais. Neste caso, alguns grandes bancos controlam por maioria de acções centenas de empresas comerciais e industriais sem intervirem directamente na produção.

Classificação das Indústrias

Se definir industria não é tarefa fácil, menos o é estabelecer uma classificação da mesma, poisos critérios de classificação das indústrias são bastante diversificados. Inerente a essa problemática, associa-se a variedade de indústrias existentes e as múltiplas características que elas apresentam, o que torna difícil estabelecer uma classificação objectiva. Assim, podemos enumerar um leque de critérios utilizados para classificar as actividades industriais, nomeadamente:
De acordo com o estágio de elaboração da produção – neste critério podemos reconhecer: as indústrias de base - que são aquelas que usam matérias-primas brutas (minerais ou produtos energéticos) e as transformam em produtos brutos ou semi-acabados, para serem empregues por outras indústrias que realizam os produtos acabados. Estão neste caso a siderurgia, a metalurgia do alumínio e outros metais não ferrosos a carboquímica a indústria de cimentos, etc.
De açodo com a finalidade ou destino dos produtos (bens) produzidos - temos: indústrias de bens de produção ou de capital – são frequentemente também designadas por indústrias de bens de equipamento, que correspondem àquela que produzem e fornecem materiais destinados a fins produtivos. Engloba, portanto, quer a que produzem bens destinados a outras indústrias (matérias-primas, energia máquinas, ferramentas, etc.) quer as fabricam material a ser utilizado por outras actividades económicas (material ferroviário, máquinas agrícolas, camiões, navios, etc.). Também são designados por indústrias de base ou pesadas.
Por outro lado, temos as indústrias de bens de consumo que são as que transformam as matérias-primas brutas ou semi-acabados em produtos destinados ao consumo directo pelas populações. Nesta categoria, temos as indústrias de bens de consumo imediato (ou não duráveis) que compreendem a indústria alimentícia, têxtil, de calçados, etc., e as indústrias de bens de consumo duráveis onde se incluem a indústria automobilística, eléctrica, moeis etc.
Mas a destinação entre estes dois grandes tipos de indústria levanta problemas. Com efeito, alguns dos seus ramos são difíceis de classificar com exactidão, uma vez que fornecem, simultaneamente, bens de equipamento e bens de consumo. Por exemplo: a indústria automobilística fornece veículos para uso particular (bens de consumo) e veículos utilitários (bens de equipamento). Igualmente, a indústria de refinação petrolífera fornece matérias químicas a outras indústrias (bens de equipamento) e produtos para consumo directo, como por exemplo, a gasolina para automóveis patibulares bens de consumo). Enfim, são imensas as indústrias que podem ser consideradas simultaneamente indústrias de equipamento e bens de consumo.
De acordo com a natureza da matéria-prima utilizada – tem-se o critério tradicional ou clássico, o qual categoriza as indústrias nas seguintes tipologias: indústria extractiva transformadora e construtiva.
As Indústrias extractivas – compreendem aquelas que estão ligadas directamente à extracção dos recursos naturais como, por exemplo, a indústria mineira, a qual retira e elabora mineiros a partir de jazigos em produtos acabados ou semi-acabados que serão posteriormente utilizados para vários fins, paralelamente à indústria mineira, destacam-se a indústria extractiva florestal e a indústria pesqueira.
Indústrias transformadoras – são aquelas que elaboram, a partir de matérias-primas brutas ou semi-acabadas, produtos acabados ou semi-acabadas com destino a outras indústrias ou ao consumo final. São portanto extremamente diversificadas, lançando nos mercados uma infinidade de produtos: automóveis, electrodomésticos, mobiliário, máquina variadas produtos farmacêuticos, alimentos, etc. Mas é importante considerar que, na verdade, todas as indústrias são transformadoras, uma vez que laboram matérias – prima bruta ou não, em produtos já acabados para o ulterior utilização. Neste contexto, afirmar que existe indústria transformadora é uma questão óbvia, facto que nos permite constatar que tal nomenclatura não nos parece muito precisa e objectiva.
As indústrias de construção civil e obras públicas – são as que produzem materiais (edifícios, pontes, barragens, estradas, etc.) e a sua analogia é grande pelos meios e métodos de produção, com o conjunto das outras indústrias. Todavia, apresentam duas diferenças essenciais em relação às indústrias transformadoras: não são transportáveis, não podendo consequentemente ser deslocadas para os locais de consumo.
De açodo com as afinidades tecnológicas – nesta categoria encontramos a indústria de ponta, que se encontra, presentemente, na vanguarda de progresso técnico. Esta utiliza tecnologias altamente evoluídas, recorre a uma constante e dispendiosa pesquisa científica, muitas vezes em ligação com centros de investigação, institutos tecnológicos laboratórios, universidades e complexos militares. Emprega mão-de-obra altamente qualificada (engenheiros, investigadores especialistas e outros quadros superiores) e labora produtos de alto valor unitário. De entre as indústrias pertencentes a essa categoria, temos a destacar as seguintes: indústria electronuclear, indústria de informática (computadores e telemática), indústria farmacêutica e de actividades ligadas a saúde (genética, bioquímica e biotecnologia etc.) indústria aeroespacial, entre outras.
De acordo com o peso da matéria-prima – nesta temos as indústrias pesadas e as ligeiras ou leves. No primeiro caso, fazem parte desta categoria as indústrias que trabalham grandes quantidades de matéria-prima de pequeno valor em relação ao peso. Ex.: indústrias de construção naval de produção final ferroviário, de produção de cimento, etc. No segundo, são as indústrias cujo produto final é de grande valor em relação ao peso. Ex.: Fábrica de calçado, televisores, mobiliário, etc.

3.4 Paisagens industriais

Cada paisagem industrial tem a suaisionomia própria que resulta do tipo de actividade industrial predominante, do aspecto e idade das suas fábricas, das relações com a população e das diferentes fases de desenvolvimento por que passou. Assim, as paisagens industriais dizem respeito à forma como as industrias se circunscrevem geograficamente no espaço. Portanto, apesar de cada paisagem industrial possuir a sua característica típica, ou seja, a sua originalidade, elas classificam˗se em varias categorias, baseando˗se nos seguintes critério: a localização, a idade dos estabelecimentos industriais tipo de actividades, o nível de desenvolvimento e a dimensão especial.
Deste modo temos: regiões negras, paisagem industrial urbana, indústrias portuárias, regiões industrias, complexo indústrias e indústrias dispersas.

Regiões negras

As regiões negras são também conhecidas por regiões clássicas. Estas são as paisagens típicas do inicio da revolução industrial que surgiram junto às minas de carvão (Escócia, baia de ruhr, nordeste dos EUA, entre outros), enegrecidas pelos fumos das chaminés das fabricas de, altos fornos, centras térmicas, fabricas de produtos químicos que poluem o ambiente, juntamente com o ruído fabril.
A designação das paisagens negras oi atribuída pela primeira vez às paisagens inglesas junto às baias hulhíferas, em oposição à Inglaterra verde. Estas regiões clássicas caracterizavam˗se, igualmente, pelas paisagens de fabricas e bairros habitacionais de operário, cortados por vias-férreas, estradas e canais por onde circulava um intenso transito de pessoas e produtos.
A substituição do carvão pelo petróleo veio introduzir profundas alterações nesta paisagem, e as antigas fábricas, entraram em declínio ou foram abandonadas, cedendo lugar lugar a novos bairros de residências, zonas verdes e indústrias novas. Portas, é o inicio de uma nova organização do espaço, uma vez que o desenvolvimento dos transportes possibilitou a deslocalização da industria para novas áreas.

Paisagens Industriais urbanas

As grandes cidades atraíram sempre a indústria, existindo mesmo grandes cidades e ou civilizações que floresceram através de actividades industriais. É nas cidades que o empresário industrial pode encontrar capital, mão-de-obra e consumidores. Nestas áreas, as indústrias tendem agrupar-se por afinidade ou complementaridade (solidariedade técnica), nos mesmos espaços, como por exemplo em parques industriais ou espaços próximos, o que é por vezes também determinado pelas principais vias de transportes e comunicação.
As indústrias localizadas no centro da cidade estão cada vez mais desalojadas em relação à periferia, por um conjunto de factores, tais como: o elevado custo do solo urbano, a poluição, segurança, congestionamento de tráfego e impossibilidade de expansão e de circulação de veículos pesados. Contudo, no interior da cidade ainda mantêm algumas indústrias dispersas, dado que exigem mão-de-obra altamente especializada, como por exemplo, as tipografias, as oficinas de móveis, ourivesarias, mercearias, etc. na maior parte das grandes cidades, encontram-se antigos bairros operamos, rodeando as velhas áreas industriais que, asfixiados pelo crescimento da cidade, entraram em declínio e se deslocaram para outros locais.
Nas cidades dos países em desenvolvimento não é tão nítida esta destinação entre as áreas industriais e os bairros operários. Nos arredores, misturam-se as fábricas de produção de base, com as de produtos acabados, e os bairros de habitação miseráveis onde vive a mão-de-obra. De uma maneira geral, existe uma harmonia entre as actividades industriais e a estrutura urbana, verificando-se uma selecção nos estabelecimentos por áreas industriais específicas, no quadro de um urbanismo funcional, e cada vez mais rigoroso.

Indústrias portuárias

São indústrias cujas matérias-primas ou produtos são respectivamente importados ou exportador por via marítima ou fluvial, localiza˗se, por isso, junto aos portos. As indústrias pesadas (indústrias siderúrgicas, refinarias de petróleo construção naval, fábricas de cimento, de alumínio, etc.) de pesca e seus derivados (conservas, oneração de pescado, farinhas de peixe e adubos), etc., também se localizam habitualmente nas proximidades ou em áreas portuárias.
Nos países subdesenvolvidos, a implantação de indústrias transformadoras nestas áreas, que recebem algumas matéria-prima do interior (ex.: amendoim, copra, café, açúcar), têm a finalidade de exportar produtos, realmente numa primeira fase de elaboração.

Regiões industriais

A concentração especial da indústria acontece sempre que várias unidades industriam se associam num espaço limitado. As unidades industrias repartem˗se então por áreas específicas denominadas regiões industrias. Os motivos desta concentração são o reagrupamento em função ou da solidariedade técnicas, apesar de as unidades serem independentes.
Nas regiões indústrias suburbanas, dois factores contribuem para a associação das indústrias. O primeiro é a questão dos preços dos terrenos, que diminuem com o afastamento do centro da cidade. O segundo é o desenvolvimento da rede viária e dos transportes, que leva à localização preferencial nestas áreas, sobre os eixos suburbanos.
A navegação fluvial e marítima pode igualmente, pelas infra-estruturas que oferece, engendrar regiões industriais mas segundo modalidade um pouco diferentes. As regiões industriais podem igualmente aparecer junto de jazigos mineiros, de centrais de produção energética ou em vales.
O seu tamanho é muito variável, dependendo da dimensão das unidades, da quantidade de indústrias, do tipo de equipamento e do nível de desenvolvimento atingido.
No que toca a características visuais, a paisagem da região industrial é completamente variada porque nela se associam indústrias muito diversas de região para região.

Complexos industriais

Por complexos industriais entendem-se as áreas destinadas à produção industrial, dotados de infra-estruturas (redes de águas, esgotos, energia, transportes e meio de comunicação) de grande dimensão, com instalações adequadas e com organização previamente estabelecida, mas que excluam as residências de trabalhadores.
Os complexos industriais são formados por agrupamentos de indústrias que funcionam em complementaridade, na medida em que reúnem actividades que se completam e que aproveitam em comum disponibilidades técnicas, económicas e financeiras. São essencialmente áreas vocacionadas para a produção, como é o caso da bacia de ruhr, a região nordeste da França (Lille, Roubaix e Tourcoing) e o complexo industrial da Pensilvânia nos EUA.
Existem complexos industriais em países altamente industrializados e em países em desenvolvimento. Nos países desenvolvidos, os complexos industriais surgem em função da solidariedade técnica, sobre um espaço organizado pelas autoridades ou por associação de grandes empresas. O exemplo disso é a empresa Boeung, que organizou um espaço integrado de indústrias de alumínio e variadas industriais de bens de equipamentos, estabelecendo um complexo de indústria subsidiária da indústria aeronáutica, ou ainda o caso da indústria de automóveis ord, que produz no grande complexo industrial à volta de Detroit (que entrou em declínio muito recentemente por causa da crise mundial).

Indústrias dispersas

Algumas indústrias difundem-se tanto no espaço rural como em pequenas cidades, pois são indústrias que possuem um ambiente próprio. Os tipos mais comuns das indústrias dispersas são: a indústria metalúrgica e extractiva, localizadas preferencialmente junto à fonte de matéria-prima e energia, neste caso jazigos mineiros as agro-indústrias, distribuídas preferencialmente junto aos terrenos e espaços agrícolas, isto pelo carácter perecível dos produtos agrícolas, como também pela existência de ligações estreitas entre os produtores e os transformadores.
Temos ainda as indústrias de celuse ou de pasta de papel que também têm tendência para se importar junto às florestas devido à natureza bastante volumosa de matéria-prima, que é pesada e de maior desperdício, as indústrias de explosivos e a nuclear, que se localizam em regiões muito distantes dos centros populacionais devido a questão de segurança e ambiente. A dispersão destas indústrias pelo meio rural contribui eficazmente para o abrandamento do êxodo rural, ao mesmo tempo que evita a explosão dos centros urbanos e propicia melhores condições de vida à população rural, procurando-se, assim, reduzir as migrações pendulares.
Por vezes os governos, através de planos a curto, médio e longo prazo, contribuem para a dispersão da indústria como forma de evitar o desequilíbrio regional em termos de desenvolvimento socioeconómico.

Principais regiões industriais do globo

A actividade industrial está distribuída geograficamente de forma heterogénea no globo, predominando no hemisfério norte. No hemisfério sul, existe manchas dispersas e descontínuas. Assim, podemos dizer que o mundo se divide entre os países industrializados, situados no hemisfério norte, e os países menos industrializados no hemisfério sul. Porém, nem todos os países industrializados se localizam no hemisfério norte e nem todos os países menos industrializados se situam no hemisfério sul. As principais regiões industriais são as que se seguem:

Nordeste e centro dos EUA

É a mais importante região industrial do mundo, pela sua abundante riqueza em minérios diversos (carvão, ferro, gás natural e petróleo), a facilidade de meios e vias de transportes e comunicação, os bons portos da costa atlântica e a abundância em mão-de-obra. Destacam-se os grandes centros urbanos e indústria de Boston, Filadélfia e Baltimore. Destacam-se ainda, no centro do país Chicago e Detroit (o maior centro automobilístico do mundo) e no litoral Oeste, São Francisco São Diego e Los Angeles. As indústrias são muito diversificadas, desde siderurgia, automóvel, aeronáutica, construção naval, material electrónico e eléctrico, papel, têxteis, alimentares, telecomunicações, químicas, etc. no Sul do país, destaque para a lorida (onde se localiza a base de lançamento de foguetões e neves especiais de Cabo Canaveral), Nove Orleães, Houston e Dallas, com reinarias de petróleo, petroquímica, metalúrgica, de alumínio, têxteis, electrodoméstico e electrónica.

Canadá

O Canadá constitui igualmente um dos centros de forte concertação industrial, com uma grande diversificação de indústrias, desde as de celuse, petroquímica e de extracção mineira. Os mais importantes centos industriais são Toronto Otava, Quebeque, Montreal, Windsor e Vancouver.

América Central e do Sul

Na América Central e do Sul, os grandes centros industriais são o Golo do México, Brasil, Argentina Venezuela e Chile. O Brasil tornou-se a primeira potência industrial da América Latina.
A indústria brasileira encontra-se localizada, na sua maioria, na fechada oriental, desde o abo de S. Roque até quase a fronteira com o Uruguai. É aí que se encontram as maiores riquezas agrícolas e do subsolo e também a maior parte da população brasileira. A existência de bons portos facilita as trocas comerciais com o exterior. O Sudeste é a região vital do Brasil, com indústrias de siderurgias, construções mecânicas, petroquímica, refinarias de petróleo, construção naval, indústrias alimentares electrónicas, etc. São Paulo é o colosso industrial do Brasil e de toda a América Latina. No Sudeste brasileiro destacam-se ainda o Rio de Janeiro Belo Horizonte, Santos Curitiba, Porto Alegre e Volta Redonda. No Noroeste, todavia, há uma fraca industrialização, estando esta circunscrita às indústrias alimentares, têxteis, refinação de petróleo e montagem de automóveis.

Europa Ocidental, Mediterrânica e Oriental

No Reino Unido, destacam-se as regiões su-sueste e nordeste (Londres-Bristol, Birmingham, Manchester, etc.). Na França, são mais expressivas as regiões do leste e norte (Lorena), Parisiense e lionesa (Lyon) em concentração industrial. Na Alemanha, destacam-se as regiões do Vale do Rhur (Dortmund, Essen, Dusseldorf, com grande diversidade industrial: indústria têxtil, siderurgia, metalurgia, electrónica, aeronáutica e petroquímica) e da Vestefália e Hanôver (Colónia, Frankfurt, Nurembergia, electrónica, aeronáutica e petroquímica) e da Vestefália e química, entre outras). Na Itália, destacam-se a regiões Norte (Milão, Génova, Turim, etc.), com industrial automóvel, de electrodomésticos, aeronáutica, alimentar, mecânica, Têxtil e de máquinas agrícolas. Os países do Benelux (Bélgica, Holanda e Luxemburgo) e a Suécia são alguns dos países com tendência de crescimento das industrializações. Nos países da ex-URSS há regiões de forte concentração industrial, nomeadamente na Ucrânia (Kharkov, Odessa, kiev, Krivoy-Rog) e na Rússia (Moscovo, são Petersburgo e Kuzbass). No caso desta última, as áreas de maior industrialização localizam-se quase na totalidade na Rússia Europeia, ou seja, a oeste dos mantes Urais.

Ásia Oriental

Na Ásia, o destaque vai para o Japão, país que se tornou uma das maiores potências industriais do mundo. Entre as principais regiões industriais, estão Tóquio-Yokohama e Osaka, Kobe e Nagoya. O Japão apresenta uma grande variedade industrial: produção de aparelhos elétricos electrónicos, aparelhos de óptica (máquinas fotográficas, de filmar e de projectar, etc.), aparelhos de precisão (relógios, cronómetros e outros), refinarias de petróleo, petroquímica, química, química ligeira e pesada, têxteis, conservas de peixe, máquinas agrícolas e material ferroviário, aeronáutico e produção de automóveis.
A china é um centro industrial emergente, estando a tornar-se actualmente numa verdadeira potência industrial mundial, superando o Japão e competindo com indústria norte-americana. Entre os principais centros industriais, estão  a região norte e nordeste ( Manchúria, Pequim, Tianjin) e o vale do Yang-Tsé (de Wou  Han até Xangai). Existem grandes centros siderúrgicos e de construções mecânicas em Anshan e Shenyang e um grande centro metalúrgicos e automóvel em Changchun.
África Ocidental, Setentrional e Meridional
Em África, destaca-se a África do Sul, uma dos potenciais das regiões da África Austral. Segue-se a fachada mediterrânica (Argélia, Líbia e Egipto), a fachada Centro-oriental Atlântica, que engloba a Guiné, Serra Leoa, Nigéria, Mauritânia. Senegal e costa do Marfim. Neste últimas regiões, predominam as indústrias de refinação de petróleo (principalmente na Nigéria), de extracção mineira (ferro, baixote) de alumínio, siderurgia, química, alimentar e de madeiras.
Importância das actividades industrial e comercial
Não há dúvidas em considerar que a indústria e o comércio proporcionam o crescimento das economias. É justamente por isso que se parte do princípio de que a indústria constitui o motor principal do crescimento económico, sendo o grande promotor do desenvolvimento global graças ao comércio. Ambas as actividades são indissociáveis. Neste contexto, elas desempenham um papel fundamental na relevação do nível de vista das pessoas de uma determinada região. O mundo moderno, dominado pela sociedade de consumo, tem na indústria um dos mais importantes sectores da sua economia, pois é ela que fornece os diversos instrumentos de produção para todos os sectores económicos produtivos que são distribuídos através do comércio. Esta última actividade proporciona as transacções de capitais, bens ou mercadorias produzidos pela primeira.
A indústria estimula o desenvolvimento de actividades que são complementares, como a de fornecimento de matérias-primas e de energia, produz capitais e estimula o desenvolvimento de transporte, comércio e serviços, sendo considerada um dos indicadores que permite avaliado nível de desenvolvimento de um determinado país ou regiões. Tal como a indústria, o comércio possui a capacidade de fornecer fontes directas ou indirectas de empregos às populações, permite a entrada de divisas e, consequentemente, o incremento do PIB, proporciona a criação e melhoria de infra-estruturas, desenvolvimento regional e a distribuição das actividades socioeconómicas. Permite também a aproximação dos povos, através da troca de produtos e bens específicos e diferenciadores de culturas e de identidades territoriais e civilizacionais.

Impactos das actividades industriais sobre o meio ambiental

O desenvolvimento industrial deve ter em conta cada vez mais o problema da poluição e a preservação do ambiente. Contudo, pode-se constatar que a poluição atmosférica em certos espaços industriais é determinada pela natureza das indústrias aí instaladas, as indústrias de produção de bens de equipamentos são as que constituem maior fonte de poluentes e contaminantes para o ambiente, dado que estas libertam para a atmosfera solo e meio aquáticas quantidades consideráveis de substâncias tóxicas que impedem o funcionamento equilibrado dos ecossistemas, constituindo, por isso, uma ameaça à sobrevivência dos seres vivos na biosfera.
Um exemplo destes problemas ocorreu no Japão em 1956. Neste ano, na cidade costeira de Minamata, centenas de pessoas morreram ou fiaram paralíticas por envenenamento de mercúrio. A investigação realizada descobriu que uma fábrica da região, que produzia fertilizantes químicos, lançava resíduos no mar e baía circundantes de 1930. Entre esses resíduos estava mercúrio, o qual era utilizado na fábrica como catalisador. Vinte anos depois começaram a surgir os sintomas de contaminação em plantas, aves e peixes do meio ambiente. Após as pesquisas realizadas para procurar descobrir qual a causa do envenenamento, conclui-se que o mesmo teve origem no peixe pescado naquelas águas e que era consumido em grandes quantidades pela populaça. Este tipo de envenenamento ficou, desde então, conhecido por Síndrome de Minamata.
O acto apresentado permite-nos concluir que, apesar da indústria construir uma actividade económica indispensável ao desenvolvimento, provoca tambem problemas nefastos ao meio natural. As indústrias de basesao muito prejudiciais no que respeia à poluicao sonora e atmosférica, pois libertam gases txicos (as centrais térmicas a carvão e as refinarias de petróleo lançam para a atmosea óxidos de carbono e de anidrido sulfuoso). Os fumos e gases de altos fornos contribuem para o surgimento de nevoeiros cada vez mais tóxicos, do tipo smog, que afectam cada vez mais as grandes concentracões urbano-industriais.
As fábrias de imentos, de alumínio e de siderurgia consituem também indústrias altamente poluentes contribuindo para o acentuar do efeito de estua e do equipamento global e, deste modo, para a fasão dos glaciares existentes nas regiões perpetuamente cobertas de neves, ulterior subida no nível médio das águas do mar, inundações de regiões costeiras e desaparecimento de ecossistemas, bem como outros riscos para a biosfera.
Um outro flagelo silencioso, decorrente da actividade industrial é a chuva ácida resultante da poluicão proveniente da indústrias siderúrgicas e metalúrgicas. Só para elucidar, muitos lagos sobretudo na Escandinávia e no Canadá, estão considerados biologicamente mortos visto que neles desapareceu toda a fauna e flora resultante das concentrações exageradas de amónio, cianetos, nitratos e detergentes nas suas águas. Monumentos famosos como por exemplom o Parténon, na Grécia, e o Coliseu de Roma, apresentam-se danificados pela acção corrosiva das chuvas ácidas. Muitos cientístas temem as suas repercussões sobre a saúde dos homens.
A problemática da reduçao da camada do ozono decorrente da emissão de gases pelas indústrias é uma questão bastante séria, que no futuro poderá comprometer a saúde pública neste frágil planeta.
Ainda nesta perspectiva, uma das indústrias mais poblemáicas é a nuclear pois além da poluio levanta questões complicadas de segurança. Lembremo-nos da tragédia sem precedentes ocorrida a 26 de Abril de 1986: o aciddente da explosão do reactor nuclear de Chernobyl na Ucrânia, antiga URSS. Os eeitos da fuga de radioactividade provocaram a morte de centenas de pessoas persistindo aida hoje alguns dos seus efeitos. De facto uma imensa nuvem radioactiva espalhou-se por grande parte da Bielorússia, Rússia, Ucrânia e outras áreas da Europa e, por fim, circundou o planeta. Durante dez dias, nuvens de material radioactivo dispersaram-se na atmosfera expondo assim as pessoas e o ambiente nos arredores a níveis de radiaçao em vezes maiores que os causados pelas bombas atómicas lanadas sobre Hiroshima e Nagasaki no Japão, no final da Segunda Guerra Mundial.
Adjaente aos impactos da industrialização sobre o meio natural coloca-se a problemática da degradação e esotamento dos recursos naturais, principalmente os não reniváveis, devido à sua exploração na sustentável comprometendo assim a satisação das necessidades das futuras gerações. Alguns estudos recentes de especialistas mostram que, com o actual rítmo de industrialização e comercialização, as resevas mundiais energéticas de minerais metálicos e não metálicos estão a reduzir-se de forma crescente, o que poderá conduzir ao seu esgotamento e a implicações significativas num futuro mais próximo.

A necessidade de tomar medidas com vista à proteção e melhoria do ambiente e à conservação da Natureza é hoje do conhecimento da generalidade dos países isto porque  existem opiniões antagónocas sobre a disponibilidade dos recursos naturais do planeta Terra a curto, médio, e longo prazo. Apesar disso onstata-se que estes recursos estão a esgotar-se pois a industrialização crescente e elevado crescimento demográfico têm impedido uma sobreexploração destes valiosos recursos, comprometendo assim o usufruto destes pelas futuras gerações.
Paralelamente a essa preocupação, coloca-se a problemática da falta de segurança no que diz respeito a deposição e eliminaçao dos resíduos perigosos e redioactivos. Algumas soluções têm sido tentadas no sentido de minimizar os problemas da polução nuclear. Nuns casos dos detritos radioactivos são introdux\zidos em grandes caixas de cimento que depois são lançadas para o oceano, longe costa. Contudo há o perigo de essas caixas poderem vir a deteriorar-se com o passar do tempo e libertar o seu conteúdo perigoso.
Noutros casos aramzenam-se os recipientes a grandes profundidades em galerias subterrâneas. Mas também neste caso há possibilidade de um tremor de terra (sismo) ou um erupção vulcânica poderem vir a rebentá-las. Com a falta de outras soluções até já se pensa em lançá-los na Lua, a reciclagem dos elementos fósseis, separando-se de outos elementos inofensivos ou perigoso, parace construir uma das alternativas conveniente para o problema dos esíduoas nucleares.
Consientes dos adversos impactos ambientais decorrente da actividade industrial, é imperioso que se adoptem acções eficientes tendentesa proporcionar um ambiente sadio, sem no entanto renunciar ao desenvolvimento das actividades industriais. Isto porque as consequências decorrentes desta atividade não se limitam apenas aos locais cicundantes ao local industrial, alcanndo regiões muito distantes o que poderá contribuir para a degradação da biosfera. Dste modod, é imprescindível que se criem sinergias a nível local regional e global, com vista a permitir o bem-estar das populacões e do ambiente antes que seja tarde demais para reverter este cenário.
O que acontecer à Terra terá consequências nos filhos dos homens, portanto é urgente que tomemos medidas rumo à sustentabilidade ambiental. A Terra não pertence ao Homem, é o Homem que pertence à Terra.
Nesta perspectiva, deve-se:
·         Materializar a implementação de protocolos retificados que protejam o ambiente;
·         Transerir tecnologias de ponta para os países em desenvolvimento como, por exemplo, a substituicaãodos obsoletos sistemas de desempoeiramento, por outros adequados (electrofiltros, chaminés industriais, etc.) ou seja equipar as indústrias com tecnologias que reduzem o consumo de energia e torná-las menos poluidoras;
·         Aplicar catalisadoes em todos os automóveis, de modo a diminuir a emissãp de fumos e gases que provocam o efeito de estufa;
·         Manter a inspecção tanto nos veículos como nas indústrias, com o intuito de abrandar os níveis de emissão de gases nocivos para a atmosfera;
·         Deve-se igualmente apostar no uso de energias limpas ou alternativas, dado que essas têm um menor poder de emissão de gases que deradam a atmosfera;
·         Adoptar o princípio dos 3R (resíduos, reutilização e reciclagem) tanto nos resíduos sólidos como nos diversos recursos naturais;
·         Fomentar a educação ambiental de modo a permitir uma consciencialização ecológica rumo à sustentabilidade ambiental;
·         Transferir as indústrias mais poluentes para regiões muito distantes dos alomerados populacionais;
·         Levantar a cabo a Avaliação do Impacto Ambiental nos projectos de desenvolvimento;
·         Implementar o relorestamento, visto que as árvores absorvem grandes quantidades de CO2, contribuindo assim para a redução do teor deste gás na atmosfera;
·         Explorar de forma sustentável os recursos naturais, sejam eles hidrcos, energéticos, minerais, florestais e faunísticos, com vista a propocionar o usufruto destes pelas geracões vidouras;
·         Adoptar o princípio do poluidor-pegador (3P) visando responsabilizar os responsáveis pelos danos e crreccões pelos inractores.


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