Evolução da indústria e comércio no mundo
A maior parte das matérias fornecidas pela exploração
directa do meio natural requerem transformações antes de serem consumidas. Por
exemplo, as fibras têxteis são fiadas e torcidas; as arguidas cozidas para
fazer a cerâmica. Os minérios nunca são metais no estado puro, pois devem ser
reduzidos para dar semiprodutos que servirão para uma grande quantidade de
utilizações ulteriores. Tudo isso espelha que a maior parte dos bens primários
necessita de transformação para o seu imediato consumo.
Mas o que e industria?
Etimologicamente indústria significa actividade. No
sentido lato, indústria consiste na transformação de matéria-prima em produtos
acabados ou semi-acabados. Nesta inclui-se o artesanato, ou seja, a produção
doméstica ou caseira. Assim, a indústria propriamente dita, isto e, em sentido
restito, refere-se ao conjunto de processos ordenados e metódicos que o Homem
emprega para transformar as matérias-primas em objectos úteis, para satisfação
das suas necessidades.
Por outros termos, a industria esta relacionada com a
utilização de meios mecânicos e com a produção em larga escala. E ai que se
distingue do artesanatos, cujas capacidades e horizonte de trabalho são mais
restitos.
O estado da
organização territorial da industria e realizado por muitas ciências, entre as
quais cabe um papel fundamental a geografia Económica, através da Geografia da
Industria, que e um ramo da primeira que trata das localizações especiais da
produção industrial, ou seja, estuda a distribuição geográfica dos modos de
produção industrial, de acordo com as condições gerais territoriais,
económicas, técnicas e naturais de cada pais ou região.
Por comercio devera aqui entender-se a actividade
económica que consiste na troca ou venda de produtos, mercadorias, valer e ou
prestação de serviços.
A actividade
comercial quase sempre esteve, e continua a estar, estreitamente ligada a
actividade industrial. Apesar disso, a génese mostra que esta percebeu o
comércio.
A actividade
comercial vem de longa data, pois esta ultima decorre da incapacidade do Homem
ser auto-suficiente no que diz respeito na satisfação das suas necessidades.
Nos primórdios da Humanidade, quando não conseguia
produzi-los, trocava um produto que dispunha em abundância pelo produto de que
necessitava. Esse processo de troca directa de produto e designado por escambo.
Pensa-se que o termo câmbio terá surgido a partir desta palavra.
Com a
ampliação do horizonte geográfico e as exigências crescentes das suas
necessidades, este sistema entrou pouco a pouco em desuso, isto porque a troca
directa dos produtos trazia algumas desvantagens, tais como: dificuldade de
transporte de grandes de quantidades de produtos ate ao local de trocas
(mercado); nem sempre o Homem conseguia trocar o seu produto por aquele de que
necessitava; o estabelecimento dos valores dos produtos era bastante
problemático.
Posteriormente, o Homem introduziu a moeda, que veio a permitir maior
facilidade nas trocas.Com efeito, a possibilidade do alargamento das trocas
tornou-se bem maior, sendo este sistema substituído pela actividade comercial.
Desde os primórdios ate aos séculos XV e XVI, comércio era realizado a nível
local e cingia-se apenas a artigos e ou produtos de alto valore pequeno volume,
excepto os produtos do comércio triangular.
Com a
Regulação Industrial, o comercio ganha um impulso qualitativo e quantitativo em
todo o mundo, pois foram criadas as condições favoráveis que estimularam as
transacções comerciais. A crescente procura de produtos para satisfazer as
necessidades da população, que crescia a um ritmo galopante como resultado dos
progressos técnicos e científicos nos campos d medicina e a agricultura, fez
incrementar o consumo das matérias-primas por parte das indústrias, acelerando
assim os fluxos comerciais.
O conceito
mundial conheceu, nas últimas décadas, um crescimento explosivo. Entre 1970 e
1992, tanto as importações como as exportações aumentaram exponencialmente.
Entre os factores que justificam a grande expansão do comércio mundial,
destacam-se: o forte crescimento económico e demográfico, a diversificação da
produção industrial, o aumento da procura por parte das populações, como
resultado da melhoria do nível de vida, o desenvolvimento e modernização dos
transportes e comunicações e a eficácia crescente dos serviços financeiros
auxiliares.
De facto,
nos dias actuais, as economias nacionais são bem mais abertas para o exterior
que no passado. Grande parte dos produtos consumidos num pais vem de for. Por
outros termos, podemos igualmente adquirir, desde que tenhamos dinheiro para
tal, produtos sofisticados, fabricando no Japão ou nos EUA, na China, etc. O
comércio internacional gera então, entre os países, uma corrente de importações
(compras) e de exportações (vendas), cujo valor determina em cada pais a
balança comercial.
Por balança
comercial entende-se a diferença entre o valor das exportações e o das importações.
A balança comercial diz-se positiva se o valor das
exportações for superior ao das importações, e negativa no caso inverso. Se o
valor das exportações for igual ao das importações, diz-se balança comercial
nula ou equilibrada.
As etapas do desenvolvimento da indústria atem
a Revolução Industrial
De um modo geral, reconhecem-se normalmente estágios
para a transformação de matérias-primas em produtos elaborados: o artesanato,
a manufactura e a indústria (ou maquinofactura).
O artesanato e
o estagio mais primitivo, conhecido desde há milhares de anos, e no qual não há
divisão de trabalho, ou seja, o artesão realiza sozinho todas as tarefas
necessárias para obter o produto final. Por sua vez, a manufactura e o estágio
intermédio o artesanato e a indústria, prevaleceu de Europa Ocidental nos
séculos XVI e XVII e XVII, existindo ainda hoje como actividade de importância
económica vital em algumas áreas menos prósperas de países em desenvolvimento.
Finalmente, a indústria surgiu com a Revolução Industrial, nos fins do século
XVIII e inicio do século XIX, e predomina ate aos nossos dias.
Desde logo,a
industria caracterizou-se por grande divisão de trabalho, com a consequente
especialização do trabalhador em actividades especificas. Mas o facto mais
marcante da sua aparição foi o emprego de máquinas, movidas por diversas fontes
de energia.
A indústria do
Paleolítico ao Neolítico
A actividade industrial decorre desde tempos remotos.
Esta, paralelamente a tantas outras actividades económicas, surge na tentativa
de proporcionar bem-estar a Humanidade.
Desde a Pré-Historia que o Homem transforma
matérias-primas, extraídas do subsolo ou recolhidas da superfície da Terra, em
produtos de natureza diferente para a satisfação das suas necessidades. Os vestígios
mais antigos dde industria surgiram nos calhaus de sílex talhados pelo Homem
primitivo. Não há duvida de que os homens primitivos eram verdadeiros artistas
no talhe do sílex, sendo bem possível que se tenham transmitido as técnicas de
fabricação. Como através delas tenha sido adquirido posição no grupo graças ao
Homem para domínio de tais técnicas.
O fabrico de instrumentos foi assim o primeiro passo
dado pelo Homem para dominar a Natureza. Foi assim que o Homem fabricou
instrumentos a partir de pedra, pau e osso em objectos capazes de cortar, furar
ou raspar para os utilizar na caca ou pesca e ate mesmo como defesa contra os
animais ferozes. As técnicas foram evoluindo, desde a técnica de lascagem da
pedra (talhe) no Paleolítico, ate a técnica de no Neolíticos onde resultaram
instrumentos de osso e madeira, também de acabamento complexo.
A sedentarização e a vida agrícola do Neolítico levam
ao aparecimento de novos inventos, com a cerâmica, a cestaria e a moagem. Outra
inovação do Neolítico foi a tecelagem, a qual, juntamente com a cerâmica,
cestaria e moagem, constituíram o conjunto das formas de produção do Neolítico.
O Homem inventa a roda, instrumento este que contribuiu para alterar
profundamente as condições da sua vida. Estas actividades eram desenvolvidas a
nível doméstico ou familiar e tinham por objectivo responder as necessidades do
agregado familiar.
Embora não se possa falar propriamente em indústria
nesta época, a verdade e que já há uma transformação de matéria-prima, através
de técnicas (embora rudimentares) e com base em energia muscular, do vento e
uso de mão-de-obra, características inerentes ao conceito de indústria. Assim,
estamos perante uma indústria doméstico, também chamada caseira, que consiste
na produção de antigos de uso familiar produzidos pela própria família na sua
casa.
Actualmente, este tipo de indústria esta ainda
presente em algumas comunidades.
Indústria na Antiguidade
No IV milénio a. C., descobre-se a metalurgia (cobre,
bronze depois o ferro), o que veio revolucionar todas as técnicas ate então
empregues. Para tanto, o aumento da produção no campo liberta do trabalho
agrícola alguns dos seus membros, que se tornaram artesãos e passaram a
dedicar-se por tempo inteiro as artes de olaria, tecelagem e marcenaria e, mais
tarde, também a ourivesaria e metalurgia, o que conduz a produção de uma grande
gama de objectos, bem como a invenção de novos processos de fabrico. E a
especialização artesanal que vai dar lugar a produção com vista a trocar ou
venda de produtos, estimulando assim o incremento da actividade comercial.
Não existiam ainda máquinas, pelo que tudo era feito,
numa fase inicial, a custa da forca muscular humana e, mais tarde, com o
contributo do vento e da água. Datam desde período a invenção do torno, dos
veículos de rodas, do arado e da vela do navio.
Na Grécia Clássica, entre os séculos VI e IV
a.C., a produção industrial
concentrava-se em dois tipos: nas oficinas estatais, onde se produzia tecidos,
pergaminho e papiro, utilizando como mão-de-obra homens livre e escravos, e nas
oficinas de produção livre, nas quais, pela compra de licença ao Estado, os
proprietários (artesãos) fabricavam azeite, cerveja, papiro e tecidos.
Entre os séculos I e V d.C., no Império Romano a
actividade produtiva exercia-se em pequenas oficinas onde se produziam tecidos,
cerâmica, vidro, objectos e artigos de ourivesaria e joalharia. Existia também
uma desenvolvida industrial de extracção de cobre, estanho e chumbo.
Era época da pequena industria ou artesanato, que,
como vimos, consistia, e consiste ainda hoje, na elaboração de objectos a
partir de matérias-primas existentes na região ou nas proximidades numa pequena
oficina ou na própria habitação. Tinha por objectivo a troca ou a venda dos
produtos.
Industria
na Idade Media
Durante a Idade Media, surge a indústria de oficio, ou
seja a pequena industria se domicilio que se caracterizava, fundamentalmente,
pelo artesanato. Esta concentrava-se junta aos bairros, cujas ruas tomavam o
nome do grupo social que ai se fixava (Rua dos Sapateiros, dos Fanqueiros, dos
padeiros, etc.)e que formavam associações de carácter profissional. Cada
associação ou corporação de ofícios tinha um regulamento, escrito que
estabelecia os horários, as condições de trabalho, os processos de fabrico, os
preços e o número de trabalhadores, etc.
Os membros das corporações estavam organizados segundo
uma rigorosa hierarquia que ia desde a categoria de aprendiz, entrada para a
profissão, ate de mestre, topo da carreira, a qual era atingida após vários
anos de trabalho na categoria intermédia de oficial e da prestação de provas.
Apenas os mestres podiam ser proprietários das oficinas e, como membros das
corporações, dificultavam a obtenção do grau de mestre como forma de evitar a
concorrência e dispor de mão-de-obra barata. Portanto, era a criação do
verdadeiro artesanato, que já no período anterior tinha lançado as suas raízes.
Industria
na Idade Moderna
A influência das doutrinas económicas mercantilistas
dos finais do século XVII, de Colbert, Adam Smith e Stuart, proporcionou novas
perspectivas a indústria, criando a indústria de manufatuctura, baseada nas
corporações de ofícios manuais herdados da Idade Media.
O grande volume de negocio veio, porem, modificar as
técnicas industrial, podendo assim afirmar-se que na Idade Media se lançaram os
fundamentos do capitalismo, que terminou com o triunfo do progresso industrial.
Foi advento da pequena empresa industrial, em
substituição do artesanato ou fabrico tradicional, com a concentração dos
artífices em instalações apropriadas (factory system) e a coordenação
das técnicas de produção manual que conduziu a produção em massa.
Assim, surge a regularidade da produção e o
consequente aumento de rendimentos que vieram permitir a comercialização dos
produtos de luxo, como a seda, veludos, tapetes, etc., colocando o comércio na
dependência da indústria. Foi com a industria têxtil que se desencadeou a
mecanização das fabricas, dado que a maquinaria têxtil era a mais barata e a
que tinha uma procura crescente dos artigos produzidos, o que esta também
ligado ao aumento populacional e a melhoria das trocas comerciais. Datam desta
época os grandes inventos que provocaram uma verdadeira transformação
tecnológica, em que sobressaem a lançadeira volante de John Kay (1733), a qual
se seguem a roda de fiar de James Hargreaves (1764), a fiandeira mecânica de
Samuel Crompton (1779) e tear mecânico de Edmund Cartwright (1785), não como
resultado de investigações no campo da ciência mas como fruto dos trabalhos de
empiristas. Paralelamente a estas invenções, a invenção da máquina a vapor por
James Watt, em 1777, constitui uma das mais importantes deste período. Era o
advento da Revolução Industrial, que se inicia na Grã-Bretanha.
3.1.3
Revolução Industrial
A Revolução industrial refere-se ao conjunto de
profundas transformações tecnológicas, económicas e sociais que ocorreram na
Inglaterra na segunda metade do século XVIII.
Este processo expande-se, a a partir dai, por toda
Europa, especialmente pela Franca e Bélgica, na primeira metade do século XIX,
Alemanha e Rússia durante a segunda metade do século XIX e fora da Europa,
pelos Estados Unidos da América e Japão, na segunda metade do século XIX e
princípios do século XX. Contudo, neste século, após a Segunda Guerra Mundial,
expandiu-se por todos os continentes quando, em ritmo acelerado, países como, a
Índia, o Brasil, o México, a Austrália a África do Sul e outros se começaram
também a industrializar.
Revolução Industrial introduziu no processo produtivo
várias técnicas que foram diminuindo a necessidade de mão-de-obra e que
possibilitaram a acelerará e aumento da produção de mercadorias. A oferta foi
largamente ampliada e diversos produtos, antes apenas consumidos nos países
mais desenvolvidos e por pessoas das classes mais altas, passaram a ser
consumidos a escala mundial pela classe média e ate pela classe de mais fracos
recursos. E, pois, um dos aspectos-chave responsável pelo moderno processo de
globalização.
Causas
da Revolução Industrial
Inúmeros foram os factores condicionantes da eclosão
da Revolução industrial. Assim, este fenómeno e considerado, por alguns
investigadores, como um dos passos mais importantes da civilização dos tempos
modernos pelos reflexos que teve nos diversos campos da actividade humana. Esta
revolução surge na Europa, concretamente no Reino Unido, onde, desde o século
XVII, o incremento do comércio externo originou uma burguesia endinheirada,
pronta a investir na indústria dado o seu espírito de aventura e a existência
de um vasto mercado interno e externo (colónias). A somar a estes factores, a
existência de abundantes matérias-primas, a situação geográfica e politica
privilegiada (estabilidade e independência), as boas redes de transportes e
comunicações e existência de mão-de-obra contribuíram substancialmente para
eclosão da Revolução Industrial. Foi neste conjunto de factores favoráveis que
os novos inventos técnicos surgiram, trazendo consigo a Revolução industrial na
segunda metade do século XVIII.
Assim, das
causas responsáveis para a eclosão deste fenómeno destacam-se:
1.
A
riqueza do subsolo inglês (carvão e ferro) – a abundância de minérios de ferro e carvão mineral
permitiram uma produção abundante de aço e ferro, indispensáveis ao fabrico de
maquinarias diversas, bem como a disponibilidade de fontes energéticas para o
funcionamento das indústrias existentes na época. Por isso, alguns autores
consideram que a riqueza do solo inglês em carvão mineral e hulha foram o pão
da indústria, tanto mais que, para além de serem aplicadas como matéria-prima,
desempenhavam um importante papel energético.
2.
A
acumulação de enormes capitais -como resultado do intenso comércio externo, sobretudo com as colónias,
a Inglaterra tornou-se a maior potência comercial e colonial do mundo e
investiu os dividendos desde comércio na indústria.
3.
Aposse
de um gigantesco império colonial: a metrópole conseguiu obter matérias-primas (minerais
e agricolas) através das suas colónias. Como possuía um poderoso mercado para
colocarão dos seus produtos industrias, acumulou riqueza.
4.
Revolução
agrícola: o
desenvolvimento da agricultura proporcionou, por um lado, o aumento acelerado
da produção agrícola, capaz de alimentar uma população em rápido crescimento e
cada vez manos ligada a agricultura, e, por outro, a libertação de muita
mão-de-obra rural de que a indústria necessitava. Na senda desta, constatou-se
que a agricultura exigia novos instrumentos que técnicos que estimulassem maior
produção e produtividade. Dai surgiram novos instrumentos que possibilitavam
maior produtividade agrícola e asseguraram a satisfação das necessidades da
população.
5.
Revolução
demográfica: foi um dos
factores que aumentou extraordinariamente a procura de produtos fabricados e
pôs a disposição da industria vastos recursos humanos, com uma forte proporção
de jovens, ansiosos por abandonarem os campos e procurarem na actividade
industrial uma ocupação mais bem remunerada.
6.
Invenções
técnicas: assiste-se,
também nesta altura, a sucessão de grandes invenções técnicas-foram inventadas
e aperfeiçoadas diversas máquinas, como, por exemplo, as máquinas de tecer,
fiar, cardar e a máquina a vapor, e novos métodos de produção de ferro e de
aço, etc. O trabalho mecânico porem, exigia instrumentos resistentes e
as varias pecas feitas em madeira tiveram de se substituídas pelo ferro, o que
veio a provocar uma intensificação da mineração deste metal e também do carvão.
7.
A
situação geográfica:
a boa localização geográfica junto das vias de transportes e comunicação (rios
navegáveis e acesso a bons portos, por exemplo) com fácil acesso as vias mais
importantes do comércio mundial, proporcionaram também um comércio muito
activo, a que se soma grande experiencia técnica, como, por exemplo, na
navegação marítima (industria naval principalmente).
8.
Espírito
de iniciativa: dispor d
capitais, matérias-primas abundantes, vastos mercados, riqueza do subsolo em
minérios, etc., nada seria possível se os ingleses não tivessem espírito de
iniciativa. Com feito, foi graças a esse espírito que eles foram bem sucedidos.
Fases
da Revolução Industrial
A Revolução Industrial subdivide-se em três fases
distintas, relacionadas com as fontes energia, nomeadamente; a fase do carvão,
ferro e maquina a vapor 9Era da forca mecânica), a automatização (Era da
energia nuclear e da cibernética).
1a Fase: A
Força Mecânica (1750-1875)
Designada, por alguns autores, como a fase da
revolução do carvão-ferro e da máquina a vapor, marcou a passagem da
manufactura para a maquinaria. Na sua primeira fase, a Revolução Industrial foi
essencialmente mecânica, para responder à crescente procura, resultante do
acentuado crescimento demográfico que exigia um maior consumo de bens
primários, bem como secundários. Assim, a indústria teve de melhorar a sua
produtividade, fazendo, por isso, um apelo as maquinas. A indústria têxtil foi
a primeira beneficiária desta transformação, a invenção da máquina de tecelagem
por Jonh Kay, em 1733.
Surgem várias invenções, como a máquina de fiar o
descaroçado de algodão entre outras. Porem, a máquina a vapor foi a conquista
mais importante da1a.a fase da Revolução industrial. Permitiu passar das fontes
de produção de energia mecânica, tal como a tracção animal e a roda de água,
para o carvão e a hulha, que se tornam a nova fonte de energia. Surgiu, assim,
uma nova industria, a siderurgia.
A maior parte das industria localizavam-se junto as
bacias carboníferas devido as dificuldades de transporte do carvão. Por vezes,
estas podiam localizar-se ao longo dos cursos de Agua, para aproveitar a
energia hidráulica, e ate nas florestas, dado que ai aproveitavam a energia
proveniente da biomassa-lenha e carvão vegetal.
Inicia-se revolução nos transportes com a invenção do
navio a vapor e, mais tarde, da locomotiva a vapor, que ira resolver o grande
problema dos transportes e comunicações internos. Este facto, aliado a invenção
da debulhadora e da ceifeira mecânica e melhores arados, contribuíram para o
progresso da agricultura. Nesta mesma altura, surgem os movimentos sindicais e
abrem-se das actividades bancárias devido as necessidade de capital para
investimento. E também altura que nascem as companhias de seguros.
2a
Fase: Revolução energética (1880-1950)
Esta fase e também designada por Revolução da
electricidade do motor de explosão e vai dos finais do século XIX a primeira
metade do século XX, quando são descobertas novas fortes energéticas como a
electricidade, o petróleo e gás natural. A invenção do motor de explosão, a
turbina e o dínamo vão revolucionar novamente a indústria, acabando com o
condicionalismo energético, devido a dificuldade de exploração e de transporte
de carvão que obrigava as indústrias a localicalizarm-se junto as fontes de
energia (bacias carboníferas). Assim sendo, estas deslocam-se para as cidades
onde encontram mercados e mão-de-obra.
O petróleo não so constituía fonte energética, como também
desempenhava um papel preponderante no fornecimento de matéria-prima para a
industrial química, fornecendo fibras sintéticas, matérias plásticas, amoníaco,
tintas, etc.,. E, portanto, o eclodir de novas industriais (metalurgia do
alumínio, industrias química) e da produção em massa estimulada pelo incremento
e evolução dos meios de transportes (invenção do automóvel, do navio e do
avião) e expansão dos mercados. Assim, surge a indústria moderna nos países
desenvolvidos, caracterizada pela produção em larga escala, fabrico em serie,
trabalho em cadeia, estandardização, especialização, publicidade para alcançar
e estimular a venda e pesquisa com intuito de lançamento de novos produtos.
3a
Fase: Revolução da energia atómica e da automatização
Esta fase e também denominada por Era da energia
nuclear, da electrónica da automatização e dos computadores. A investigação não
para e com ela novas técnicas vão sendo descobertas.
E a era da cibernética, também conhecida por revolução
cientifica.
Iniciou-se após a Segunda Guerra Mundial, chegou aos
nossos dias e continuara, a menos que os progressos tecnológicos nos coloquem
perante outra nova fase da Revolução Industrial.
A característica marcante desta fase e a submissão da
mecanização pela automação e automatização.
O trabalho humano e substituído pelo robot e / ou
computador. O trabalho, que ate há pouco tempo era feito por um grande grupo de
operários, passa a ser feito por um único operário cuja tarefa é carregar em
botões
Nesta, assiste-se ao desenvolvimento da indústria
electrónica, pois o seu campo de acção e cada vez mais vasto, abrangendo as
telecomunicações, radiodifusão, televisão, radioastronomia, radar,
electromedicina, ajuda a navegação marítima e aérea, sistemas de investigação
científica, etc.
Hoje em dia,
com possibilidade de esgotamento do petróleo e os problemas da energia nuclear,
o Homem procura novas alternativas. As energias renováveis (solar, eólica,
geotérmica, bioenergia, etc.) são cada vez mais uma preocupação universal.
Consequência da Revolução industrial
A Revolução industrial teve consequências
socioeconómicas e ambientais, que se sentiram, em especial, ao nível da
demografia, da agricultura, dos transportes e do desenvolvimento urbano.
Assistiu-se a um vertiginoso crescimento demográfico
como resultado dos progressos técnicos e científicos alcançados nos campos da
agricultura e medicina. Isto contribui substancialmente para a supressão da
fome, epidemia e, sobretudo, uma redução das taxas de mortalidade e,
consequentemente, um aumento da longevidade da vida, humana, que originou uma
verdadeira explosão demográfica. O bem-estar das populações melhores bastante
relativamente a épocas anteriores, isto e, os homens passam a desfrutar de
melhores condições de vida.
Na agricultura, a Revolução Industrial trouxe novos
instrumentos técnicos quem permitiram incrementar a produção e a produtividade.
Assim, a introducao de diversas maquinas agrícola, de novas culturas e de novos
sistemas de irrigação, o aumento de terras de cultivo proporcionada pela
mecanização e a modernização dos meios de transportes, constituíram actores
indispensáveis para a maximização da produção agrícola uma vez que há
necessidade crescente da produção de alimentos para uma população que crescia e
cresce a um ritmo acelerado.
No ramo dos transportes, assiste-se a uma profunda
transformação, iniciada pela máquina a vapor. O desenvolvimento dos transportes
ferroviários, terrestres, marítimos e aéreos permitiram o contacto imediato com
o resto do mundo, possibilitando a ampliação do horizonte geográfico.
Estas inovações vem assegurar o escoamento de produtos
diversificados a partir do local de produção para o mercado consumidor,
quebram-se as barreiras geográficas, facilitando, assim, o incremento do fluxo
do comércio regional, nacional, continental e mundial.
No desenvolvimento urbano, e inquestionável a
contribuição da Revolução Industrial, isto porque esta veio criar novas cidades
de grande concentração populacional e industrial. Assim, os artesãos que viviam
numa pequena aldeia no meio rural, procuram agiram trabalho nas fábricas e
comércio das cidades, o que a leva migrarem para os centros urbanos. O tecido
urbano expande-se em seu redor, sugerindo, assim, cidades de maior diâmetro;
por exemplo em 1800 a cidade de Londres tinha um diâmetro de 10 km, já 1914
atinge os 35 km e, 1960, os 70 km e dai em diante foi crescendo
vertiginosamente.Com efeito, desde os tempos idos ate hoje, constata-se que a
expansão das cidades pelas áreas suburbanas esta frequentemente ligada ao crescimento
das industrias e da actividade comercial.
Ao nível ambiental, constata-se que a Revolução
Industrial incrementou o papel dos metais e mobilizou fontes de energia cada
vez mais importantes.
Os laços entre as actividades de transformação e o
meio sofreram profundas alterações. Por exemplo, a Revolução Industrial
contribuiu para a delapidação e determinação dos recursos naturais. As
paisagens transformaram-se vertiginosamente. O clima influencias cujas
modificações são actualmente visíveis.
Introduzindo na paisagem rural e urbana novos
elementos como fabricas armazéns, fumos, ruídos, bairros residências,
movimentos intensos de veículos e pessoas, a indústria modificou profundamente
o espaço, chegado a transformar áreas desabitadas em grandes centros de atracção
populacional, criando as paisagens industriais que, apesar da existência de
diferenças, todos tem algo em comum: são o resultado do processo de
industrialização.
O comércio depois da Revolução Industrial e na
actualidade
Comércio
internacional
O comércio internacional pode diferir-se como a
operação de troca de bens e serviços entre países, segundo regras definidas.
Após a segunda Guerra Mundial, as trocas comerciais internacionais sofreram
incremento muito importante. Aumento deveu-se a melhoria de vida das populações
deslocalização industrial da produção, aumento da população mundial,
liberalização dos mercados com os acordos
do (GATT) e a criação da
organização mundial de comercio (OMC) no
sentido de regular o comércio internacional.
A distribuição geográfica do comercio internacional
foi determinada pela repartição de riqueza a nível mundial ela natureza de
produção e consumo e cada uma das áreas económicas d planeta e ela existenciais
diferentes sistemas económico e políticos. Por outro lado, quando se analisa o
comércio, a nível mundial, constatam-se profundos desequilíbrios a sua
repartição espacial, traduzindo-se pela sua elevada concentração nos países
desenvolvidos e industrializados, em detrimento dos países em desenvolvimento e
menos industrializados.
Comercio nos países
desenvolvidos
O fluxo comercial nos países desenvolvidos atingiu um
crescimento significativo e caracteriza-se essencialmente pela transacção de
produtos transformados, seja de bens de consumo o de equipamentos. Com apenas
25% da população do globo, os países desenvolvidos detêm cerca de 75 do
comércio mundial. À UE (União Europeia) pertence acerca de 37% do comércio
mundial, segunda dos EUA e Japão. Contudo, considerados os países
individualmente, a maior potência comercial do mundo são os EUA, com 13,2%
importações e 11,7% das exportações mundiais. Na EU destaca-se a Alemanha (a
maior potencia comercial europeia), Franca, Reino Unido, Italia, Holanda e
Bélgica. Na América do Norte destaca-se o Canada e EUA.
Comercio
nos países em desenvolvimento
Contrariamente ao que acontece nos países
desenvolvidos, nos países em desenvolvimento o fluxo comercial e constituído
fundamentalmente por matérias-primas (ferro, cobre, algodão madeira, etc.)
fontes energéticas (petróleo, gás natural e carvão mineral) e produtos
alimentares (açúcar, oleaginosas, café, fruticultura, ainda que alberguem dois
terços da população do globo, Assim, constata-se que o tipo de comercio dos
países em desenvolvimento assenta essencialmente na exploração dos recursos e
produtos agricolas tropicais e importação de bens transformados (bens de
equipamento)
Actualmente, nesta mesma categoria, há a excepção de
países que actualmente deram um salto qualitativo e quantitativo em termos do
crescimento das transacções comerciais. Fazem parte deste grupo, os chamados
< <Novos Países Industrializados>> (China, Coreia do Sul, Taiwan,
Hong Kong, Singapura, Malásia, Tailandia,Brasil, Argentina, México, Chile), que
estão a alcançar um importante lugar na produção e comercialização, tanto de
bens tradicionais e ou primários como também de elevado valor tecnológico.
Estes países ativeram este estagio graças a importação
de tecnologia do Ocidente ao baixo custo da sua mão-de-obra, bastante
abundante, constituindo assim uma seria ameaça aos restantes países pela sua
forte concorrência. Ao nível da disparidade entre estes dois grupos de países,
destaca-se: as grandes asimetrias no desenvolvimento industrial, as tecnologias
disponíveis, as politicam governamentais, entre outras.
Principais
grupos de produtos e as grandes regiões comerciais do mundo
No que toca aos principais produtos transaccionais a
nível mundial, podemos agrupa-los em três grandes grupos: Produtos agricolas;
produtos minerais e energéticos; produtos manufacturados.
Produtos agricolas
No fluxo dos produtos agricolas, os cereais tem um
lugar de destaque dada a sua importância na alimentação humana. Desde modo,
repreende-se o comercio mundial de cereais e dominado pelo trigo milho e arroz.
Os fluxos do trigo são dominados pelos países desenvolvidos, com destaque para
os EUA, o Canada e Austrália. Em contra partida, as principais áreas
compradoras correspondem a países da Ásia Oriental e Meridional, bem como o
Norte de África e sobretudo África Subsariana.
Por sua vez, o comércio Mundial do arroz encontra-se
fundamente assente no continente Asiático, facto que se relaciona com o elevado
consumo deste cereal por parte de grande parte da população deste continente
superpovoado. A Tailândia e o principal exportador de arroz para os países da
Ásia Oriental e Meridional e África Austral.
Comercialização
de produtos minerais e energéticos
Os recursos minerais apresentam uma considerável
dispersão pelo mundo, ao passo que as regiões industriais onde se regista a sua
transformação caracterizam-se por uma acentuada concentração num número
restrito de países. Assim, este facto propicia importantes fluxos destes
recursos entre os países detentores e os de transformação.
Os principais minerais comercializados são: ouro,
prata, ferro, manganes, estanho, cobre, alumínio, níquel, urânio, fosfatos,
bauxite, diamante, pedras preciosas e semipreciosas, entre outros.
Quando aos produtos energéticos, importa-nos aqui
referir que o crescente consumo de energia a nível mundial tem levado cada vez
mais a procura desmedida deste valioso recurso, sendo que nalgumas regiões
começam a chegar ao fim as reservas de gás natural, petróleo e carvão mineral.
Relativamente ao crescente consumo de energia a nível mundial, tornam-se cada
vez mais valiosas as reservas de combustíveis fosseis (carvão mineral, petróleo
e gás natural).
O carvão mineral, cujo consumo remonta desde a
primeira fase da Revolução Industrial ate a Segunda Guerra Mundial, deixou de
ser o combustível mais utilizado em favor do petróleo.
Apesar disso, os fluxos de carvão continuam a ser
importante pois registam uma semelhança com os fluxos de ferro.
Em contrapartida, o petróleo representa a mercadoria
mais transaccionada a nível global. Os maiores reservas, seguindo-se o Norte de
África, México, Venezuela e a Nigéria. Os Estados membros da OPEP (Organização
de Países Produtores de Petróleo) são: Arábia Saudita, Irão, Iraque, Líbia,
Nigéria, Emirados Árabes Unidos, Kuwait, Venezuela, Argélia, Qatar, Angola, e
Equador. Esta organização foi criada em 1960, englobando a maior parte dos
países acima descritos.
Os
fluxos de produtos manufacturados
Os fluxos de produtos manufacturados são dominados por
países industrializados, quer no que respeita a produção, que em relação ao
consumo. Os países em desenvolvimento estão numa posição bastante fragilizada
face aos fluxos destes produtos.
Os principais blocos económicos que mais contribuem na
exportação de produtos manufacturados são: os EUA, o Japão e a UE. Assiste-se a
um galopante passo de exportação destes produtos pela China, que nos leva a
crer que e, hoje, um dos principais países com mais exportação a seguir aos
EUA.
Os produtos manufacturados mais comercializados por
estes países são: maquinas-ferramentas, automóveis, material informático,
têxteis e electrodomésticos variados.
Factores de localização da indústria
A actividade industrial esta distribuída uniformemente
sobre a superfície terrestre, pois existem áreas de maior concentração
industrial. Este facto deve-se a conjugação de factores de ordem físico-natural
e socioeconómica. Assim, diversos são os factores que concorrem para
localização das unidades industrial, nomeadamente as matérias-primas, a
energia, a água, a mão-de-obra, o mercado consumidor, os transportes e vias de
comunicação, o capital, a inércia geográfica, a solidariedade técnica, o
espaço, o ambiente e acção da Estado. Pela sua infinidade, cingir-nos-emos
apenas a alguns dos principais factores.
Factores físicos-naturais
Para que a localização de uma fabrica seja óptima, e
necessário que vá originar a maximização de lucros por minimização de
investimentos. Nesta perspectiva dá-se ênfase a conjugação total dos factores
responsáveis pela localização espacial da indústria, embora haja um que mais se
destaque.
Matérias-primas
A matéria-prima e o ponto de partida para a obtenção
de qualquer produto elaborado ou semi-elaborado de que a industria. Portanto, a
sua dependência vária na razão da natureza da matéria-prima. Para as industrias
que utilizam matéria-prima de maior desperdício bastante volumoso e/ou pesadas,
como, por exemplo, as industrias açucareiras, siderúrgicas, industria
extractiva mineira, etc., elas devem localizar-se preferencialmente junto as
fontes de matérias-primas, cem vista a reduzirem os maiores desperdícios, bem
como os custos de transportes, permitindo assim a maximização do capital. O
mesmo acontece com as industrias que utilizam matérias-primas perecíveis ou de fácil
deterioração. Tal e o caso das agro-indústrias (industria de conserva de
tomate, por exemplo, que se devem implantar, neste caso, juntos as plantações
de tomate).
Fontes energéticas
E inquestionável o papel que as fontes energéticas
exercem para a localização das industrias. Contudo, a energia a utilizar
depende essencialmente da sua rentabilidade, da sua abundância e do tipo de
indústria.
As primeiras industrias localizavam-se junto as bacias
carboníferas carvão, junto aos cursos de agua para aproveitar a energia
hidráulica e próximo das florestas para explorar a lenha e carvão.
Estas industrias tinham que forçosamente localizar-se
junto as sua fontes. Dai que, durante muito tempo, o carvão mineral
(especialmente a hulha) se tenha tornado o << pão da industria>>,
quer como combustível, quer como redutor na produção de ferro e aço. Mas, com o
decorrer do tempo, embora esta fontes energéticas exercessem um papel
preponderante na localização das indústrias, constatou-se que este
condicionalismo perdeu, pouco a pouco, a sua função, visto que, com a
descoberta de novas fontes energeticas-petroleo, gás natural e electricidade,
facilmente transportáveis a longas distâncias, as indústrias libertaram-se dos
imperativos de localização.
Actualmente,
o petróleo e o gás natural prestam-se bem a ser transportados po oleodutos e
gasodutos de grande extensão-por milhares de quilómetros-que ligam poços de
extracção as refinarias ou aos portos de embarque. Por este factor.
Quanto a electricidade, importa frisar que e uma forma
de energia facilmente transportável, dai que a dependência locativa da
industria relativamente pequena.
Agua
A água e um factor técnico de localização industrial
simultaneamente antigo e moderno. Nesta visão, a agua e usada na industria como
matéria-prima (industria química e de refrigerantes), para lavagem ou limpeza
dos escritórios e instalações, diluição, no arrefecimento de maquinarias
(caldeiras e centrais termoeléctricas), etc. Todas as indústrias necessitam de
águas, umas mais do que outras. As que consomem maior quantidade de água são as
indústrias químicas, siderúrgicas, têxtil e a de pasta de papel. Estas
industrias tem, pois, necessidade de se localizarem em locais onde exista água
em abundância, como, por exemplo, nas margens dos grandes rios.
Ambiente
Algumas industrias são altamente poluidoras e , por
isso, perigosas para a saúde das população e que vivem nas imediações, visto
que estas industrias provocam poluição sonora, do solo, atmosférica e hídrica
que impedem o desenvolvimento das espécies floro-faunisticas e, principalmente,
prejudicam saúde humana. Assim sendo, alguns governos decretam leis que
estimulam a sua migração para locais muito distantes dos aglomerados
populacionais, especialmente das cidades, com vista a permitir uma boa saúde
publica e a salvaguarda do meio ambiente.
Espaço
Este factor e, actualmente, um dos mais importantes na
localizacao das industrias. A exportacao continua destas conduzir
invitavelmente a falta de espaço nos terrenos anteriormente adquiridos.
Por um lado, o preço elevado dos terrenos e as
restrições a industrialização urbana tornaram mais cómodo e rentável vender o
terreno ocupado pela antiga industria e construir fábricas novas em espaços
mais desafogados. Por outro, a importação de uma unidade industrial ou um
complexo industrial tem de ter em atenção a natureza do material litológico e a
geomorfologia, isto e, o tipo de rocha e solos predominantes, a disposição
orográfica (topografia), e a manor ou maior dimensão do terreno. Existem
indústrias que, pelas suas características, necessitam de um espaço maior, não
so para ocupa-lo com infra-estruturas, mas porque também precisam de um espaço
maior amplo para as operações de manuseamento de cargas, tanto de matéria-prima
como do produto final, feito por camiões e outras maquinarias.
Nesta perspectiva, as indústrias migram para a
periferia porque no meio rural o preço do solo e mais barato. No meio rural
evita-se, também, as dificuldades do trânsito rodoviário (congestionamento) que
frequentemente acontecem cidades e que dificulta o fluxo de mercadorias.
Socioeconómicos
Do ponto de vista socioeconómico, destacam-se os
seguintes factores: capital, mão-de-obra, consumidor, transporte e vias de
comunicação, acção do Estado, solidariedade técnica e inércia geográfica.
Capital
A criação e funcionamento de uma indústria moderna
exige avultados investimentos para a aquisição de equipamento (maquinaria),
meios de transportes, compra de terreno pagamento de mão-de-obra, impostos,
markting, etc. Assim sendo, constata-se que, apesar disso, o capital exerce
hoje uma fraca influencia na localização industrial, dada a eficiência e
rapidez das comunicações e o desenvolvimento da informática, que permite
maiores transacções distribuição mundial da indústria. Só para elucidar os
países de terceiro mundo possuem fraco desenvolvimento industrial devido
principalmente a insuficiência de capitais, pelo que as poucas industriais ai
existentes são controladas pelos detentores do capital (multinacionais_ dos
países desenvolvidos e industrializados.
Mão-de-obra
A quantidade e qualidade da mão-de-obra obriga muitas
vezes as industria a localizarem-se em certas regiões. Constata-se que todas as
industrias tem a mesma exigência quanto a mão-de-obra, isto e, há industria que
a exigem muito, como por exemplo, a industria têxtil e a de confecção de
calcado e, por isso, tais industrias tendem a: localiza-se em locais que
ofereçam mão-de-obra abundante, barata e não qualificada.
As cidades são, geralmente, os grandes centros de
atracção para estas indústrias, pois ais encontram a mão-de-obra que
necessitam. Para outras indústrias não interessa a quantidade, mas sim a
qualidade e a especialização da mão-de-obra. São exemplo a indústria
aeronáutica, electrónica, etc., e estas geralmente localizam-se junto aos
centros urbanos, universidades e centros de pesquisa e de investigação
científica. Alem disso, os técnicos especializados exigem determinadas
condições de vida que só os centros urbanos oferecem. no entanto, nota-se que
pouco a pouco esta dependência em relação aos centros urbanos vem sendo
atenuida, pois o desenvolvimento dos meios de transporte e comunicação, cada
vez rápidos e cómodos, permitem grande4s deslocações em curto espaço de tempo e
a longas distancias, o que faz com que sejam as industrias a atrair a mão-de-obra
e não o inverso. As grandes multinacionais encarregam-se de recrutar
mão-de-obra e não e forma-la. Não obstante, a automatização e automação do
trabalho originam uma diminuição da dependência da localização das indústrias
em relação a mão-de-obra
Mercado consumidor
O poder de atracção que as cidades exercem sobre as
resume apenas a oferta de mão-de-0obra, pois estas constituem também vastos
mercados de consumo, pelo que são para elas atraídas muitas industrias ligeiras
como as do vestuário, produtos alimentares, refrigerantes, artigos eléctricos,
artes gráficas, entre outras.
Assim como o industrial procura sempre maximizar o
lucro com o menor investimento de capital, o mercado e um dos primeiros
aspectos a ter em consideração, sob risco de ver o seu maior objectivo
comprometido. Desse modo, existem indústrias de artigos de luxo, no caso
concreto de jóias, que devem acompanhar de perto os estilos de vida dos
consumidores.
Nesta perspectiva, importa sublinhar que a atracção
das indústrias pelo mercado consumidor e também impelida pelo custo dos
transportes e natureza do produto, isto e, no caso do produto final ser difícil
ou frágil transporte, a indústria devera localizar-se próximo do lugar do
consumo. Temos, como exemplo, as indústrias alimentares de furtas e
refrigerantes, electrónica, entre outras.
Transportes e
vias de comunicação
Os meios de transportes e comunicação constituem
factures decisivos para a localização da industria pois estes permitem trazer a
matéria-prima da sua fonte para a industria, desta para o mercado consumidor e,
por sua vez, do mercado consumidor novamente as industrias ( no caso dos
produtos semi-acabados). Também contribuem para a mobilidade, especial da
energia da mão-de-obra. Para as industrias cujo produto final e de difícil
transporte, por necessitar de devem localiza-se preferencialmente junto as vias
de transporte e comunicação
Acção do Estado
Alguns Estados intervêm na distribuição geográfica das
suas indústrias. Assim, estes descongestionam as industrias da regiões den gi
deprimidas, com vista a reduzir os desequilíbrios socioeconómico existentes e
reduzir o desemprego, as migrações pendulares e o êxodo rural, etc. Por isso,
os governos tem tomado uma serie de medidas que estimulam a implantação de
unidades indústrias em determinado industrias por meio de isenções físicas ou
redução das taxas de imposto em determinados períodos de tempo, em detrimento
das regiões fortemente industrializadas. E criam ainda infra-estruturais de
modo a atrair os empresários.
Paralelamente a esta visão, por questões estratégicas,
alguns países desenvolvidos expandem as suas indústrias (multinacionais) para
todo o mundo para evitar que o seu parque industrial seja eventualmente
destruído por possíveis conflitos militares (guerras), grandes crises
económicas ou outras situacoes-limite
A inércia geográfica
A distribuição geográfica de muitas industrias actuais
tem a sua exploração no passado, pois a sobrevivência de uma are industrial
antiga reside, em muitos casos, na inércia geográfica, ou seja, na residência ao declínio quando
desaparecem as vantagens locais iniciais. Uma área pode ter-se tornado centro
industrial importante graças a existência próxima de matérias-primas, de
recursos energéticos ou outros factores. Desaparecidos ou esgotados tais
factores, o ideal seria pensar-se que o centro industrial seria abandonando e
que, consequentemente, desapareceria. Todavia, este pode resistir ao declínio e
manter-se.
As razoes que explicam inércia geográfica baseiam-se
em aspectos: Primário, deve-se a imobilidade do equipamento (edifícios e
maquinarias) que e, normalmente, de grande durabilidade e que representa um
maior investimento. Dai que os proprietários das empresas procuram mantê-las em
actividade naquele mesmo espaço, pois torna-se economicamente mais fácil
expandir a infra-estrutura industrial já existência duma forca de trabalho
qualificada e a solidariedade técnica, desenvolvimento de meios de transportes
e comunicações, a fama de certa reputação, a presença de vantagens comparativas
no que respeita a facilidades socioeconómicas, compensam em grande parte as
desvantagens surgidas, mantendo assim as indústrias naqueles locais iniciais.
O exemplo disso e que se verifica nas siderurgias de
Pittsburgh (EUA) e Sheffield no Reino Unido, onde a atracção pelas localizações
iniciais tem diminuído de importância mas, heranças do passado, aliadas a
vantagem resultante da proximidade de muitas siderurgias, tem-lhes assegurado o
lugar que ocupa na produção siderúrgica dos respectivos países.
Solidariedade técnica
A solidariedade ou completamente técnica é um dos fatores-chave
para a localização especial das indústrias, uma vez que se traduzem em
condições adequadas para a implementação fabril. Referimo-nos às vias de
transporte e comunicação, energia, serviços variados como a banca, seguros,
hospitais, rede de abastecimento de água, escolas, etc. muitas indústrias
aproveitam-nas e estabelecem-se próximo ou em redor da(s) primeira(s)
indústria(s), com vista a beneficiarem das condições criadas e minimizarem os
seus custos de produção.
Assim, verifica-se que a aglomeração das diversas
indústrias, mesmo independentes, faz baixar os custos das infra-estruturas de
suporte que as servem, pela sua utilização comum. Por exemplo, o Parque
Industrial da Matola na Província de Maputo, tornou-se numa área de muitas
indústrias, apesar de, inicialmente, esta região ter sido pensada para as
funções industrial e residencial. Ma zona de Beleluane-Matola Rio, onde está
instalada a fábrica de alumínio de Moçambique (Mozal), é notória a influência
da solidariedade técnica e tem-se verificado uma tendência crescente de
surgimento de muitas indústrias e empresas diversificadas em seu redor, como
resultado das condições socioeconómicas
e técnicas criadas inicialmente pela Mozal.
Organização do trabalho industrial
A actividade industrial possui uma organização
peculiar que a destingue de tantas outras actividades. Assim, algumas das
formas de organização científica do tabalho Industrial são: otaylorismo, o
fordismos, a estandardização, a produção em série, o trabalho em cadeia, a
especialização e a organização industrial das grandes concentrações.
Taylorismo
O taylorismo surge através do engenheiro eamericano
Frederick Taylor, nos princípios do século XX. Taylor pôs em prática as
primeiras regras a que deve obedecer a produção industrial, cuja base
funamental é a divisão de tarefas por operário, isto é, sua especialização. Assim
o taylorismo assenta nos seguintes princípios: a cada operário ou grupo de
operários caberá apenas a execução de uma tarefa especifia, advindo daí uma
execução mecânica e automática cada vez mas perfeita, eliminando-se a perda de
tempo e dos movimentos desneessários e esforços inúteis. Cada operário deverá
ser selecionadp para realizar uma tarefa de acordo om as suas aptidões e também
cada operário será remunerado em função do seu rendimento.
Estas regras incrementarão o rendimento e a produção,
logo aempresa terá maiores lucros e menos custos de produao. Este autor
preconizava, ainda, que por esta via, seria possível reduzir o número de
operários e, por conseguinte, a despesa de salários.
Apesar das vantagens oferecidas, há uma listagem de
desvantagens, a saber: o operário poderá cansar-se devido a monotonia na
execução das tarefas e consequentemente poderá reduzir o seu rendimento. Uma
outra desvantagem consiste no acto da exclusão de operários ser grande e o
facto de o trabalhador ou operário não dispor de espaço para implementar as
suas iniciativas. Ademais, a implementação deste princípio conduz ao maior
índice de desemprego.
Fordismo
Henry Ford, um industrial ameriano de automóveis,
aperfeiçoou ao mais alto nível o taylorismo, permitindo assim absorver os
operários de qualquer aptidão ísica, pois para todos havia uma tarefa
específica, inclusivamente para os cegos, bem como para os operários sem
membros. O fordismo tinha uma abordagem dierente do taylorismo, isto porque
Ford tinha um carácter mais humano, pelo que se preocupava com o bem-estar do
seu tabalhador ou operário. Elevou os salários e repartia os lucros, pelo que,
inteligentemente, fez dos seus operários compradores dos outomóveis que eles
mesmos produziam..
Estandardização
A estanderizacao ou padronizacao e um massa, ou seja,
em larga escala produto indenticos, isto e, tanto a maquina como o operariop
adaptam-se a cada fim especifico, desde a entrad ada materia-prima ate a saida
do produto final.
A cada
momento da operacao corresponde uma tafera distinta com um produto diferente; oque implica necessariamente
reducao de maquinas equipamento, aperfeicoamento do operario e, por
conseguinte, reducao de custos e aumento de luvros devido a maoir
produtividade. Este processo e resultado do taylorismo e fordismo.
Trabalho
em cadeia
O trabalho
em cadeia e um nivel de producao em serie. As varias fases sucedem-se
ininterruptamente do principio ao fim,e todas elas inrligadas, ordenadas
harmoniosamente segur uma orientacao racional. Neste, o operario não se
desloca, pemanenece sempre no mesmo local, pois e a maquina ou tapete rolante
que vai rolando e trazendo os produtios que passam junto de cada operario,
cabendo a este executar a tarefa que lhe esta predeterminada. As chamadas
linhas de montagem são a perfeicao do trabalho em cadeia, estando prresente nas
de automoveis, electrodomesticos, refrigerantes,etc.
As
inconveniencias deste processo predem-se nos embaracos da fase seguinte, devido
a não execucao de alguma tarefa no momenyto previsto por parte do operario. A
fsdiga da tarefa no momento previsto ev um outro aspecto a considerar, dado que
o operario realiza tarefas rotineiras.
F inalmente, o operario torna-se uma autentica peca da
maquina.
Especialização
A
especializacao e o corolario da evolucao de toda a organizacao de que falamos
anteriorimente, tendo como base a divisao do trabalho em tarefas especificas.
Esta data das corporacoes dos oficios na idade Media e foi aperfeicoada no
seculo XVIII pelo ingles Adam Smith. O fim em vista e maximinizar a produção e
a produtividade, pois cada operário familiariza-se mais com as máquinas que lhe
estão destinadas e,m ao atingir a máxima perfeição, atinge o máximo rendimento,
que corresponde ao fim último em vista.
Organizaçao das grandes concentrações industriais
A concentração industrial assume hoje um papel
preponderante, pois permite a maior concorrência industrial e, consequentemente
o crescimento económico. A concentração industrial pode ser geográfica e financeira.
A concentração geográfica ou técnica está relacionada com a associação de
estabelecimentos industriais num determinado espaço. Por sua vez a concentração
financeira da indústria diz respeito ao crescimento do tamaho das empresas.
Entende-se aqui empresa como unidade financeira de
produção que resulta da concentração do capital e da sua centralização. Esta
unidade financeira tem uma sede social e pode comportar um número qualquer de
estabelecimentos situados em locais variados e distintos da localização da sede
social. Por seu turno, por estabelecimento entenda-se como unidade visível e
que ocupa um lugar no espaço.
A concentracão
económica produz-se por vários processos, dos quais os principais são:
·
A
ampliação duma empresa pioneira que construiu novas unidades fabris;
·
A
fusão – que consiste na reunião de muitas emp[rsas de importância semelhante
numa só;
·
A
absorção – consiste na absorção de várias empresas pequenas pela maior;
·
Tomada
de posição em sociendades por acções – este é o processo que actualmente assume
o maior importância. As grandes sociedades tomam a participação noutras e
procuram controlar estes por meio de uma posição maioritária.
Assim, a concentração económica assume duas formas
principais: a concentração horizontal e a concentração vertical ou integração.
A concentração
horizontal – consiste no conjunto de várias empresas similares, isto é,
cujos produtos fabricados são idênticos, com o intuito de melhor controlarem os
mercados e os preços. Por exemplo, uma concentração que inclui várias empresas
que produzem veículos desde bicicletas, motorizadas, automóveis, autocarros, e
tractores.
Na mesma categoria de exemplo, a indústria
automobilística norte-americana, que antes contava com uma centena de
sociedades, reagrupou-se em proveito de três construtores principais: a General Motors, a Ford e a Chriler. Por sua
vez, a Philips (Holanda), a Grundig (Alemanha) e a Sanyo (Japão) são três das grandes
marcas que dominam o mercado mundial de televisores, rádios e outros
electrodomésticos.
A concentração
Vertical ou integração \- consiste
na integração ou agrupamento de várias indústrias ou empresas de actividades
produtivas complementares, podendo ir a produção de matérias-primas até ao
fabrico e venda de produtos acabados.
A integração pode ser ascendente (ou montante) quando a expansão se faz na direcção da
produção de matérias-primas pela actividade principal (fabrico de produtos abados).
Por exemplo, a Ford, fabricante de
automóveis, proprietária de minas de ferro, de unidades siderúrgicas, de
vias-férreas, plantação de borrachas, de grandes entrepostos comerciais, etc.
Diz-se integração descendente
(ou juzante) quando a empresa se expande em direcção à produção e à qual a
actividade fornece as matérias-primas. É o caso de algumas sociedades
petrolíferas que, através da concentração vertical descendente, passaram a
refinar o seu petróleo e a fabricar
produtos químicos derivados do petróleo e destinados ao corrente.
A concentração vertical e horizontal possibilita a
redução dos custos da produção e, portanto, a aplicação dos principais das
economias de escala, permitindo desde modo a maximização dos capitais por baixo
investimento, segurança do aprovisionamento de matérias-primas e
semi-elaboradas, stocs, evitar as
concorrências comerciais e consolidar o seu monopólio e oligopólio do mercado.
No segundo caso, acontece quando duas ou mais empresas controlam ou dominam o
mercado.
Importa-nos salientar que, apesar de existirem algumas
empresas e indústrias que optam por organizar-se em concentração horizontal e
outras em concentração vertical, existem as que preferem adoptar as duas formas
de concentração simultaneamente, constituindo assim grandes potentados
industriais, com fabulosos volumes de venda e com muitas centenas ou mesmo
milhares de empregados. Destas fazem parte, por exemplo, a General Motors, a Ford, ambas nos EUA, a Unilever na Holanda e no Reino Unido, a Hitachi no Japão, a Siemens na
Alemanha, entre tantas outras.
Conforme os tipos de relações económico-jurídicas que se
estabelecem entre as empresas associadas, estas tomam designações diferentes,
nomeadamente:
Os Trusts –
são concentrações gigantescas que agrupam empresas que não perdem a sua
existência jurídica própria mas perdem a independência económica e financeira
em favor de uma delas. Por exemplo, a Philips,
Shell, Bayer, etc.
Os Cartéis –
são concentrações de empresas de um mesmo ramo industrial que celebram entre si
um acordo com o fim de suprimir a concorrência ao controlarem o mercado.
Conservam a sua independência jurídica e financeira. Como também se regulam por
códigos de cumprimento mútuo, embora cada empresa mantenha a sua direcção. O
exemplo disso é a forma de funcionamento das grandes empresas de exploração
petrolífera, da UA e da OPEP (Organização dos Produtos e Exportadores de
Petróleo). Esta última acerta entre si os preços e a quantidade de produção de
petróleo.
Os Conglomerados –
são firmas constituídas por empresas com ligação financeiras e que trabalham e
que trabalham em sectores diversificados (por exemplo, a ITT agrupa electrodomésticos, mobiliário, hotelaria, indústrias
alimentares, etc.) constata-se que a sua natureza favorece a redução de riscos
económicos, permitindo-lhe obter maior rendimento dos sectores mais rentáveis.
Nesta categoria, encontramos a Coca-Col,
IBM, Mitsubishi, Renault, etc. As multinacionais ou transnacionais fazem
parte desta categoria. Assim designam por estarem localizadas ou sediadas em
várias nações.
As Holdings / consiste num grupo
bancário que controla e agrupa participações de numerosas sociedades
comerciais. Neste caso, alguns grandes bancos controlam por maioria de acções
centenas de empresas comerciais e industriais sem intervirem directamente na
produção.
Classificação das Indústrias
Se definir industria não é tarefa fácil, menos o é
estabelecer uma classificação da mesma, poisos critérios de classificação das
indústrias são bastante diversificados. Inerente a essa problemática,
associa-se a variedade de indústrias existentes e as múltiplas características
que elas apresentam, o que torna difícil estabelecer uma classificação
objectiva. Assim, podemos enumerar um leque de critérios utilizados para
classificar as actividades industriais, nomeadamente:
De
acordo com o estágio de elaboração da produção – neste critério podemos reconhecer: as indústrias de
base - que são aquelas que usam matérias-primas brutas (minerais ou produtos
energéticos) e as transformam em produtos brutos ou semi-acabados, para serem
empregues por outras indústrias que realizam os produtos acabados. Estão neste
caso a siderurgia, a metalurgia do alumínio e outros metais não ferrosos a
carboquímica a indústria de cimentos, etc.
De
açodo com a finalidade ou destino dos produtos (bens) produzidos - temos: indústrias de bens de produção ou de capital –
são frequentemente também designadas por indústrias de bens de equipamento, que
correspondem àquela que produzem e fornecem materiais destinados a fins
produtivos. Engloba, portanto, quer a que produzem bens destinados a outras indústrias
(matérias-primas, energia máquinas, ferramentas, etc.) quer as fabricam
material a ser utilizado por outras actividades económicas (material
ferroviário, máquinas agrícolas, camiões, navios, etc.). Também são designados por
indústrias de base ou pesadas.
Por outro lado, temos as indústrias de bens de consumo
que são as que transformam as matérias-primas brutas ou semi-acabados em
produtos destinados ao consumo directo pelas populações. Nesta categoria, temos
as indústrias de bens de consumo imediato (ou não duráveis) que compreendem a
indústria alimentícia, têxtil, de calçados, etc., e as indústrias de bens de
consumo duráveis onde se incluem a indústria automobilística, eléctrica, moeis
etc.
Mas a destinação entre estes dois grandes tipos de
indústria levanta problemas. Com efeito, alguns dos seus ramos são difíceis de
classificar com exactidão, uma vez que fornecem, simultaneamente, bens de
equipamento e bens de consumo. Por exemplo: a indústria automobilística fornece
veículos para uso particular (bens de consumo) e veículos utilitários (bens de
equipamento). Igualmente, a indústria de refinação petrolífera fornece matérias
químicas a outras indústrias (bens de equipamento) e produtos para consumo
directo, como por exemplo, a gasolina para automóveis patibulares bens de
consumo). Enfim, são imensas as indústrias que podem ser consideradas
simultaneamente indústrias de equipamento e bens de consumo.
De
acordo com a natureza da matéria-prima utilizada – tem-se o critério tradicional ou clássico, o qual
categoriza as indústrias nas seguintes tipologias: indústria extractiva
transformadora e construtiva.
As
Indústrias extractivas –
compreendem aquelas que estão ligadas directamente à extracção dos recursos
naturais como, por exemplo, a indústria mineira, a qual retira e elabora
mineiros a partir de jazigos em produtos acabados ou semi-acabados que serão
posteriormente utilizados para vários fins, paralelamente à indústria mineira,
destacam-se a indústria extractiva florestal e a indústria pesqueira.
Indústrias
transformadoras – são aquelas
que elaboram, a partir de matérias-primas brutas ou semi-acabadas, produtos
acabados ou semi-acabadas com destino a outras indústrias ou ao consumo final.
São portanto extremamente diversificadas, lançando nos mercados uma infinidade
de produtos: automóveis, electrodomésticos, mobiliário, máquina variadas
produtos farmacêuticos, alimentos, etc. Mas é importante considerar que, na
verdade, todas as indústrias são transformadoras, uma vez que laboram matérias
– prima bruta ou não, em produtos já acabados para o ulterior utilização. Neste
contexto, afirmar que existe indústria transformadora é uma questão óbvia,
facto que nos permite constatar que tal nomenclatura não nos parece muito
precisa e objectiva.
As
indústrias de construção civil e obras públicas – são as que produzem materiais (edifícios, pontes,
barragens, estradas, etc.) e a sua analogia é grande pelos meios e métodos de
produção, com o conjunto das outras indústrias. Todavia, apresentam duas
diferenças essenciais em relação às indústrias transformadoras: não são
transportáveis, não podendo consequentemente ser deslocadas para os locais de
consumo.
De
açodo com as afinidades tecnológicas – nesta categoria encontramos a indústria de ponta, que se
encontra, presentemente, na vanguarda de progresso técnico. Esta utiliza
tecnologias altamente evoluídas, recorre a uma constante e dispendiosa pesquisa
científica, muitas vezes em ligação com centros de investigação, institutos
tecnológicos laboratórios, universidades e complexos militares. Emprega
mão-de-obra altamente qualificada (engenheiros, investigadores especialistas e
outros quadros superiores) e labora produtos de alto valor unitário. De entre
as indústrias pertencentes a essa categoria, temos a destacar as seguintes:
indústria electronuclear, indústria de informática (computadores e telemática),
indústria farmacêutica e de actividades ligadas a saúde (genética, bioquímica e
biotecnologia etc.) indústria aeroespacial, entre outras.
De
acordo com o peso da matéria-prima – nesta temos as indústrias pesadas e as ligeiras ou leves. No primeiro caso,
fazem parte desta categoria as indústrias que trabalham grandes quantidades de
matéria-prima de pequeno valor em relação ao peso. Ex.: indústrias de
construção naval de produção final ferroviário, de produção de cimento, etc. No
segundo, são as indústrias cujo produto final é de grande valor em relação ao
peso. Ex.: Fábrica de calçado, televisores, mobiliário, etc.
3.4 Paisagens industriais
Cada paisagem industrial tem a suaisionomia própria que
resulta do tipo de actividade industrial predominante, do aspecto e idade das
suas fábricas, das relações com a população e das diferentes fases de
desenvolvimento por que passou. Assim, as paisagens industriais dizem respeito
à forma como as industrias se circunscrevem geograficamente no espaço.
Portanto, apesar de cada paisagem industrial possuir a sua característica típica,
ou seja, a sua originalidade, elas classificam˗se em varias categorias,
baseando˗se nos seguintes critério: a localização, a idade dos estabelecimentos
industriais tipo de actividades, o nível de desenvolvimento e a dimensão
especial.
Deste modo temos: regiões negras, paisagem industrial
urbana, indústrias portuárias, regiões industrias, complexo indústrias e indústrias
dispersas.
Regiões negras
As regiões negras são também conhecidas por regiões clássicas.
Estas são as paisagens típicas do inicio da revolução industrial que surgiram
junto às minas de carvão (Escócia, baia de ruhr, nordeste dos EUA, entre
outros), enegrecidas pelos fumos das chaminés das fabricas de, altos fornos,
centras térmicas, fabricas de produtos químicos que poluem o ambiente, juntamente
com o ruído fabril.
A designação das paisagens negras oi atribuída pela
primeira vez às paisagens inglesas junto às baias hulhíferas, em oposição à
Inglaterra verde. Estas regiões clássicas caracterizavam˗se, igualmente, pelas
paisagens de fabricas e bairros habitacionais de operário, cortados por vias-férreas,
estradas e canais por onde circulava um intenso transito de pessoas e produtos.
A substituição do carvão pelo petróleo veio introduzir
profundas alterações nesta paisagem, e as antigas fábricas, entraram em declínio
ou foram abandonadas, cedendo lugar lugar a novos bairros de residências, zonas
verdes e indústrias novas. Portas, é o inicio de uma nova organização do
espaço, uma vez que o desenvolvimento dos transportes possibilitou a
deslocalização da industria para novas áreas.
Paisagens Industriais urbanas
As grandes cidades atraíram sempre a indústria, existindo
mesmo grandes cidades e ou civilizações que floresceram através de actividades
industriais. É nas cidades que o empresário industrial pode encontrar capital,
mão-de-obra e consumidores. Nestas áreas, as indústrias tendem agrupar-se por
afinidade ou complementaridade (solidariedade técnica), nos mesmos espaços,
como por exemplo em parques industriais ou espaços próximos, o que é por vezes
também determinado pelas principais vias de transportes e comunicação.
As indústrias localizadas no centro da cidade estão cada
vez mais desalojadas em relação à periferia, por um conjunto de factores, tais
como: o elevado custo do solo urbano, a poluição, segurança, congestionamento
de tráfego e impossibilidade de expansão e de circulação de veículos pesados.
Contudo, no interior da cidade ainda mantêm algumas indústrias dispersas, dado
que exigem mão-de-obra altamente especializada, como por exemplo, as
tipografias, as oficinas de móveis, ourivesarias, mercearias, etc. na maior
parte das grandes cidades, encontram-se antigos bairros operamos, rodeando as
velhas áreas industriais que, asfixiados pelo crescimento da cidade, entraram
em declínio e se deslocaram para outros locais.
Nas cidades dos países em desenvolvimento não é tão
nítida esta destinação entre as áreas industriais e os bairros operários. Nos
arredores, misturam-se as fábricas de produção de base, com as de produtos
acabados, e os bairros de habitação miseráveis onde vive a mão-de-obra. De uma
maneira geral, existe uma harmonia entre as actividades industriais e a
estrutura urbana, verificando-se uma selecção nos estabelecimentos por áreas
industriais específicas, no quadro de um urbanismo funcional, e cada vez mais
rigoroso.
Indústrias portuárias
São indústrias cujas matérias-primas ou produtos são
respectivamente importados ou exportador por via marítima ou fluvial, localiza˗se,
por isso, junto aos portos. As indústrias pesadas (indústrias siderúrgicas,
refinarias de petróleo construção naval, fábricas de cimento, de alumínio, etc.)
de pesca e seus derivados (conservas, oneração de pescado, farinhas de peixe e adubos),
etc., também se localizam habitualmente nas proximidades ou em áreas
portuárias.
Nos países subdesenvolvidos, a implantação de indústrias transformadoras
nestas áreas, que recebem algumas matéria-prima do interior (ex.: amendoim,
copra, café, açúcar), têm a finalidade de exportar produtos, realmente numa
primeira fase de elaboração.
Regiões industriais
A concentração especial da indústria acontece sempre que várias
unidades industriam se associam num espaço limitado. As unidades industrias
repartem˗se então por áreas específicas denominadas regiões industrias. Os
motivos desta concentração são o reagrupamento em função ou da solidariedade técnicas,
apesar de as unidades serem independentes.
Nas regiões indústrias suburbanas, dois factores
contribuem para a associação das indústrias. O primeiro é a questão dos preços
dos terrenos, que diminuem com o afastamento do centro da cidade. O segundo é o
desenvolvimento da rede viária e dos transportes, que leva à localização
preferencial nestas áreas, sobre os eixos suburbanos.
A navegação fluvial e marítima pode igualmente, pelas infra-estruturas
que oferece, engendrar regiões industriais mas segundo modalidade um pouco
diferentes. As regiões industriais podem igualmente aparecer junto de jazigos
mineiros, de centrais de produção energética ou em vales.
O seu tamanho é muito variável, dependendo da dimensão
das unidades, da quantidade de indústrias, do tipo de equipamento e do nível de
desenvolvimento atingido.
No que toca a características visuais, a paisagem da
região industrial é completamente variada porque nela se associam indústrias
muito diversas de região para região.
Complexos industriais
Por complexos industriais entendem-se as áreas destinadas
à produção industrial, dotados de infra-estruturas (redes de águas, esgotos,
energia, transportes e meio de comunicação) de grande dimensão, com instalações
adequadas e com organização previamente estabelecida, mas que excluam as
residências de trabalhadores.
Os complexos industriais são formados por agrupamentos de
indústrias que funcionam em complementaridade, na medida em que reúnem
actividades que se completam e que aproveitam em comum disponibilidades
técnicas, económicas e financeiras. São essencialmente áreas vocacionadas para
a produção, como é o caso da bacia de ruhr, a região nordeste da França (Lille,
Roubaix e Tourcoing) e o complexo industrial da Pensilvânia nos EUA.
Existem complexos industriais em países altamente
industrializados e em países em desenvolvimento. Nos países desenvolvidos, os
complexos industriais surgem em função da solidariedade técnica, sobre um
espaço organizado pelas autoridades ou por associação de grandes empresas. O
exemplo disso é a empresa Boeung, que
organizou um espaço integrado de indústrias de alumínio e variadas industriais
de bens de equipamentos, estabelecendo um complexo de indústria subsidiária da
indústria aeronáutica, ou ainda o caso da indústria de automóveis ord, que produz no grande complexo
industrial à volta de Detroit (que entrou em declínio muito recentemente por
causa da crise mundial).
Indústrias dispersas
Algumas indústrias difundem-se tanto no espaço rural como
em pequenas cidades, pois são indústrias que possuem um ambiente próprio. Os
tipos mais comuns das indústrias dispersas são: a indústria metalúrgica e
extractiva, localizadas preferencialmente junto à fonte de matéria-prima e
energia, neste caso jazigos mineiros as agro-indústrias, distribuídas
preferencialmente junto aos terrenos e espaços agrícolas, isto pelo carácter
perecível dos produtos agrícolas, como também pela existência de ligações
estreitas entre os produtores e os transformadores.
Temos ainda as indústrias de celuse ou de pasta de papel
que também têm tendência para se importar junto às florestas devido à natureza
bastante volumosa de matéria-prima, que é pesada e de maior desperdício, as
indústrias de explosivos e a nuclear, que se localizam em regiões muito
distantes dos centros populacionais devido a questão de segurança e ambiente. A
dispersão destas indústrias pelo meio rural contribui eficazmente para o
abrandamento do êxodo rural, ao mesmo tempo que evita a explosão dos centros
urbanos e propicia melhores condições de vida à população rural, procurando-se,
assim, reduzir as migrações pendulares.
Por vezes os governos, através de planos a curto, médio e
longo prazo, contribuem para a dispersão da indústria como forma de evitar o
desequilíbrio regional em termos de desenvolvimento socioeconómico.
Principais regiões industriais do globo
A actividade industrial está distribuída geograficamente
de forma heterogénea no globo, predominando no hemisfério norte. No hemisfério
sul, existe manchas dispersas e descontínuas. Assim, podemos dizer que o mundo
se divide entre os países industrializados, situados no hemisfério norte, e os
países menos industrializados no hemisfério sul. Porém, nem todos os países
industrializados se localizam no hemisfério norte e nem todos os países menos
industrializados se situam no hemisfério sul. As principais regiões industriais
são as que se seguem:
Nordeste e centro dos EUA
É a mais importante região industrial do mundo, pela sua
abundante riqueza em minérios diversos (carvão, ferro, gás natural e petróleo),
a facilidade de meios e vias de transportes e comunicação, os bons portos da
costa atlântica e a abundância em mão-de-obra. Destacam-se os grandes centros
urbanos e indústria de Boston, Filadélfia e Baltimore. Destacam-se ainda, no
centro do país Chicago e Detroit (o maior centro automobilístico do mundo) e no
litoral Oeste, São Francisco São Diego e Los Angeles. As indústrias são muito
diversificadas, desde siderurgia, automóvel, aeronáutica, construção naval,
material electrónico e eléctrico, papel, têxteis, alimentares,
telecomunicações, químicas, etc. no Sul do país, destaque para a lorida (onde
se localiza a base de lançamento de foguetões e neves especiais de Cabo
Canaveral), Nove Orleães, Houston e Dallas, com reinarias de petróleo,
petroquímica, metalúrgica, de alumínio, têxteis, electrodoméstico e
electrónica.
Canadá
O Canadá constitui igualmente um dos centros de forte
concertação industrial, com uma grande diversificação de indústrias, desde as
de celuse, petroquímica e de extracção mineira. Os mais importantes centos
industriais são Toronto Otava, Quebeque, Montreal, Windsor e Vancouver.
América Central e do Sul
Na América Central e do Sul, os grandes centros
industriais são o Golo do México, Brasil, Argentina Venezuela e Chile. O Brasil
tornou-se a primeira potência industrial da América Latina.
A indústria brasileira encontra-se localizada, na sua
maioria, na fechada oriental, desde o abo de S. Roque até quase a fronteira com
o Uruguai. É aí que se encontram as maiores riquezas agrícolas e do subsolo e
também a maior parte da população brasileira. A existência de bons portos
facilita as trocas comerciais com o exterior. O Sudeste é a região vital do
Brasil, com indústrias de siderurgias, construções mecânicas, petroquímica, refinarias
de petróleo, construção naval, indústrias alimentares electrónicas, etc. São
Paulo é o colosso industrial do Brasil e de toda a América Latina. No Sudeste
brasileiro destacam-se ainda o Rio de Janeiro Belo Horizonte, Santos Curitiba,
Porto Alegre e Volta Redonda. No Noroeste, todavia, há uma fraca
industrialização, estando esta circunscrita às indústrias alimentares, têxteis,
refinação de petróleo e montagem de automóveis.
Europa Ocidental, Mediterrânica e Oriental
No Reino Unido, destacam-se as regiões su-sueste e
nordeste (Londres-Bristol, Birmingham, Manchester, etc.). Na França, são mais
expressivas as regiões do leste e norte (Lorena), Parisiense e lionesa (Lyon)
em concentração industrial. Na Alemanha, destacam-se as regiões do Vale do Rhur
(Dortmund, Essen, Dusseldorf, com grande diversidade industrial: indústria
têxtil, siderurgia, metalurgia, electrónica, aeronáutica e petroquímica) e da
Vestefália e Hanôver (Colónia, Frankfurt, Nurembergia, electrónica, aeronáutica
e petroquímica) e da Vestefália e química, entre outras). Na Itália,
destacam-se a regiões Norte (Milão, Génova, Turim, etc.), com industrial
automóvel, de electrodomésticos, aeronáutica, alimentar, mecânica, Têxtil e de
máquinas agrícolas. Os países do Benelux (Bélgica, Holanda e Luxemburgo) e a
Suécia são alguns dos países com tendência de crescimento das industrializações.
Nos países da ex-URSS há regiões de forte concentração industrial, nomeadamente
na Ucrânia (Kharkov, Odessa, kiev, Krivoy-Rog) e na Rússia (Moscovo, são
Petersburgo e Kuzbass). No caso desta última, as áreas de maior industrialização
localizam-se quase na totalidade na Rússia Europeia, ou seja, a oeste dos
mantes Urais.
Ásia Oriental
Na Ásia, o destaque vai para o Japão, país que se tornou
uma das maiores potências industriais do mundo. Entre as principais regiões
industriais, estão Tóquio-Yokohama e Osaka, Kobe e Nagoya. O Japão apresenta
uma grande variedade industrial: produção de aparelhos elétricos electrónicos,
aparelhos de óptica (máquinas fotográficas, de filmar e de projectar, etc.),
aparelhos de precisão (relógios, cronómetros e outros), refinarias de petróleo,
petroquímica, química, química ligeira e pesada, têxteis, conservas de peixe,
máquinas agrícolas e material ferroviário, aeronáutico e produção de
automóveis.
A china é um centro industrial emergente, estando a tornar-se
actualmente numa verdadeira potência industrial mundial, superando o Japão e
competindo com indústria norte-americana. Entre os principais centros
industriais, estão a região norte e
nordeste ( Manchúria, Pequim, Tianjin) e o vale do Yang-Tsé (de Wou Han até Xangai). Existem grandes centros
siderúrgicos e de construções mecânicas em Anshan e Shenyang e um grande centro
metalúrgicos e automóvel em Changchun.
África Ocidental, Setentrional e Meridional
Em África, destaca-se a África do Sul, uma dos potenciais
das regiões da África Austral. Segue-se a fachada mediterrânica (Argélia, Líbia
e Egipto), a fachada Centro-oriental Atlântica, que engloba a Guiné, Serra
Leoa, Nigéria, Mauritânia. Senegal e costa do Marfim. Neste últimas regiões,
predominam as indústrias de refinação de petróleo (principalmente na Nigéria),
de extracção mineira (ferro, baixote) de alumínio, siderurgia, química,
alimentar e de madeiras.
Importância das actividades industrial e comercial
Não há dúvidas em considerar que a indústria e o comércio
proporcionam o crescimento das economias. É justamente por isso que se parte do
princípio de que a indústria constitui o motor principal do crescimento
económico, sendo o grande promotor do desenvolvimento global graças ao
comércio. Ambas as actividades são indissociáveis. Neste contexto, elas
desempenham um papel fundamental na relevação do nível de vista das pessoas de
uma determinada região. O mundo moderno, dominado pela sociedade de consumo,
tem na indústria um dos mais importantes sectores da sua economia, pois é ela
que fornece os diversos instrumentos de produção para todos os sectores
económicos produtivos que são distribuídos através do comércio. Esta última
actividade proporciona as transacções de capitais, bens ou mercadorias produzidos
pela primeira.
A indústria estimula o desenvolvimento de actividades que
são complementares, como a de fornecimento de matérias-primas e de energia,
produz capitais e estimula o desenvolvimento de transporte, comércio e
serviços, sendo considerada um dos indicadores que permite avaliado nível de
desenvolvimento de um determinado país ou regiões. Tal como a indústria, o
comércio possui a capacidade de fornecer fontes directas ou indirectas de
empregos às populações, permite a entrada de divisas e, consequentemente, o
incremento do PIB, proporciona a criação e melhoria de infra-estruturas,
desenvolvimento regional e a distribuição das actividades socioeconómicas.
Permite também a aproximação dos povos, através da troca de produtos e bens
específicos e diferenciadores de culturas e de identidades territoriais e
civilizacionais.
Impactos das actividades industriais sobre o meio
ambiental
O desenvolvimento industrial deve ter em conta cada vez
mais o problema da poluição e a preservação do ambiente. Contudo, pode-se
constatar que a poluição atmosférica em certos espaços industriais é
determinada pela natureza das indústrias aí instaladas, as indústrias de
produção de bens de equipamentos são as que constituem maior fonte de poluentes
e contaminantes para o ambiente, dado que estas libertam para a atmosfera solo
e meio aquáticas quantidades consideráveis de substâncias tóxicas que impedem o
funcionamento equilibrado dos ecossistemas, constituindo, por isso, uma ameaça
à sobrevivência dos seres vivos na biosfera.
Um exemplo destes problemas ocorreu no Japão em 1956.
Neste ano, na cidade costeira de Minamata, centenas de pessoas morreram ou
fiaram paralíticas por envenenamento de mercúrio. A investigação realizada
descobriu que uma fábrica da região, que produzia fertilizantes químicos,
lançava resíduos no mar e baía circundantes de 1930. Entre esses resíduos
estava mercúrio, o qual era utilizado na fábrica como catalisador. Vinte anos
depois começaram a surgir os sintomas de contaminação em plantas, aves e peixes
do meio ambiente. Após as pesquisas realizadas para procurar descobrir qual a
causa do envenenamento, conclui-se que o mesmo teve origem no peixe pescado
naquelas águas e que era consumido em grandes quantidades pela populaça. Este
tipo de envenenamento ficou, desde então, conhecido por Síndrome de Minamata.
O acto apresentado permite-nos concluir que, apesar da
indústria construir uma actividade económica indispensável ao desenvolvimento,
provoca tambem problemas nefastos ao meio natural. As indústrias de basesao
muito prejudiciais no que respeia à poluicao sonora e atmosférica, pois
libertam gases txicos (as centrais térmicas a carvão e as refinarias de
petróleo lançam para a atmosea óxidos de carbono e de anidrido sulfuoso). Os
fumos e gases de altos fornos contribuem para o surgimento de nevoeiros cada
vez mais tóxicos, do tipo smog, que afectam
cada vez mais as grandes concentracões urbano-industriais.
As fábrias de imentos, de alumínio e de siderurgia
consituem também indústrias altamente poluentes contribuindo para o acentuar do
efeito de estua e do equipamento global e, deste modo, para a fasão dos
glaciares existentes nas regiões perpetuamente cobertas de neves, ulterior
subida no nível médio das águas do mar, inundações de regiões costeiras e desaparecimento
de ecossistemas, bem como outros riscos para a biosfera.
Um outro flagelo silencioso, decorrente da actividade
industrial é a chuva ácida resultante da poluicão proveniente da indústrias siderúrgicas
e metalúrgicas. Só para elucidar, muitos lagos sobretudo na Escandinávia e no
Canadá, estão considerados biologicamente mortos visto que neles desapareceu
toda a fauna e flora resultante das concentrações exageradas de amónio,
cianetos, nitratos e detergentes nas suas águas. Monumentos famosos como por
exemplom o Parténon, na Grécia, e o Coliseu de Roma, apresentam-se danificados
pela acção corrosiva das chuvas ácidas. Muitos cientístas temem as suas
repercussões sobre a saúde dos homens.
A problemática da reduçao da camada do ozono
decorrente da emissão de gases pelas indústrias é uma questão bastante séria,
que no futuro poderá comprometer a saúde pública neste frágil planeta.
Ainda nesta perspectiva, uma das indústrias mais
poblemáicas é a nuclear pois além da poluio levanta questões complicadas de
segurança. Lembremo-nos da tragédia sem precedentes ocorrida a 26 de Abril de
1986: o aciddente da explosão do reactor nuclear de Chernobyl na Ucrânia,
antiga URSS. Os eeitos da fuga de radioactividade provocaram a morte de
centenas de pessoas persistindo aida hoje alguns dos seus efeitos. De facto uma
imensa nuvem radioactiva espalhou-se por grande parte da Bielorússia, Rússia,
Ucrânia e outras áreas da Europa e, por fim, circundou o planeta. Durante dez
dias, nuvens de material radioactivo dispersaram-se na atmosfera expondo assim
as pessoas e o ambiente nos arredores a níveis de radiaçao em vezes maiores que
os causados pelas bombas atómicas lanadas sobre Hiroshima e Nagasaki no Japão,
no final da Segunda Guerra Mundial.
Adjaente aos impactos da industrialização sobre o meio
natural coloca-se a problemática da degradação e esotamento dos recursos
naturais, principalmente os não reniváveis, devido à sua exploração na
sustentável comprometendo assim a satisação das necessidades das futuras
gerações. Alguns estudos recentes de especialistas mostram que, com o actual
rítmo de industrialização e comercialização, as resevas mundiais energéticas de
minerais metálicos e não metálicos estão a reduzir-se de forma crescente, o que
poderá conduzir ao seu esgotamento e a implicações significativas num futuro
mais próximo.
A necessidade de tomar medidas com vista à proteção e
melhoria do ambiente e à conservação da Natureza é hoje do conhecimento da
generalidade dos países isto porque
existem opiniões antagónocas sobre a disponibilidade dos recursos
naturais do planeta Terra a curto, médio, e longo prazo. Apesar disso
onstata-se que estes recursos estão a esgotar-se pois a industrialização
crescente e elevado crescimento demográfico têm impedido uma sobreexploração
destes valiosos recursos, comprometendo assim o usufruto destes pelas futuras
gerações.
Paralelamente a essa preocupação, coloca-se a
problemática da falta de segurança no que diz respeito a deposição e eliminaçao
dos resíduos perigosos e redioactivos. Algumas soluções têm sido tentadas no
sentido de minimizar os problemas da polução nuclear. Nuns casos dos detritos
radioactivos são introdux\zidos em grandes caixas de cimento que depois são
lançadas para o oceano, longe costa. Contudo há o perigo de essas caixas
poderem vir a deteriorar-se com o passar do tempo e libertar o seu conteúdo
perigoso.
Noutros casos aramzenam-se os recipientes a grandes
profundidades em galerias subterrâneas. Mas também neste caso há possibilidade
de um tremor de terra (sismo) ou um erupção vulcânica poderem vir a
rebentá-las. Com a falta de outras soluções até já se pensa em lançá-los na
Lua, a reciclagem dos elementos fósseis, separando-se de outos elementos
inofensivos ou perigoso, parace construir uma das alternativas conveniente para
o problema dos esíduoas nucleares.
Consientes dos adversos impactos ambientais decorrente
da actividade industrial, é imperioso que se adoptem acções eficientes
tendentesa proporcionar um ambiente sadio, sem no entanto renunciar ao
desenvolvimento das actividades industriais. Isto porque as consequências
decorrentes desta atividade não se limitam apenas aos locais cicundantes ao
local industrial, alcanndo regiões muito distantes o que poderá contribuir para
a degradação da biosfera. Dste modod, é imprescindível que se criem sinergias a
nível local regional e global, com vista a permitir o bem-estar das populacões
e do ambiente antes que seja tarde demais para reverter este cenário.
O que acontecer à Terra terá consequências nos filhos
dos homens, portanto é urgente que tomemos medidas rumo à sustentabilidade
ambiental. A Terra não pertence ao Homem, é o Homem que pertence à Terra.
Nesta perspectiva, deve-se:
·
Materializar
a implementação de protocolos retificados que protejam o ambiente;
·
Transerir
tecnologias de ponta para os países em desenvolvimento como, por exemplo, a
substituicaãodos obsoletos sistemas de desempoeiramento, por outros adequados
(electrofiltros, chaminés industriais, etc.) ou seja equipar as indústrias com
tecnologias que reduzem o consumo de energia e torná-las menos poluidoras;
·
Aplicar
catalisadoes em todos os automóveis, de modo a diminuir a emissãp de fumos e
gases que provocam o efeito de estufa;
·
Manter
a inspecção tanto nos veículos como nas indústrias, com o intuito de abrandar
os níveis de emissão de gases nocivos para a atmosfera;
·
Deve-se
igualmente apostar no uso de energias limpas ou alternativas, dado que essas
têm um menor poder de emissão de gases que deradam a atmosfera;
·
Adoptar
o princípio dos 3R (resíduos, reutilização e reciclagem) tanto nos resíduos
sólidos como nos diversos recursos naturais;
·
Fomentar
a educação ambiental de modo a permitir uma consciencialização ecológica rumo à
sustentabilidade ambiental;
·
Transferir
as indústrias mais poluentes para regiões muito distantes dos alomerados
populacionais;
·
Levantar
a cabo a Avaliação do Impacto Ambiental nos projectos de desenvolvimento;
·
Implementar
o relorestamento, visto que as árvores absorvem grandes quantidades de CO2,
contribuindo assim para a redução do teor deste gás na atmosfera;
·
Explorar
de forma sustentável os recursos naturais, sejam eles hidrcos, energéticos,
minerais, florestais e faunísticos, com vista a propocionar o usufruto destes
pelas geracões vidouras;
·
Adoptar
o princípio do poluidor-pegador (3P) visando responsabilizar os responsáveis
pelos danos e crreccões pelos inractores.
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