Estrutura atómica
Estrutura
atómica
Desde
a antiguidade foi sempre preocupação do homem conhecer o mundo e que vive e, em
particular, a construção da matéria. Em cada época foram‐se
notabilizando determinadas formas de pensar adentes a explicar os fenómenos da
natureza, constituído assim um saber de aceitação geral.
Com
a descoberta das ciências e do método científico a explicação dos fenómenos passa
a obedecer critérios cientificamente validos, que se designa modelos.
Um
modelo e um meio que serve para explicar os factos observados, prever outros
fenómenos e sugerir experiencias e observações.
Para
explicar a constituição da matéria (estrutura do átomo), foram desenvolvidos
vários modelos tendo de destacar׃ o modelo de Dalton, de Thompson, de Rutherford, de Bohr e o Mecanico-quantico.
Evolução
dos modelos atómicos
1.Lêucipo
Lêucipo
viveu por volta de 450 a.C. com base no pensamento filosófico da época, dizia
que a matéria podia ser dividida em partículas cada vez menores, ate chegar‐se
a um limite.
2.Demócrito
Demócrito
(Fig. 1) discípulo de Leucipo, inspirado no mesmo pensamento filosófico,
afirmava que׃ «A matéria era descontínua», isto e, era
formada por minúsculas partículas indivisíveis, as quais foram denominadas
átomo (que em grego significa «indivisível»). Demócrito postulou que todo o
tipo de matéria era formada a partir da combinação de átomos de 4 elementos׃ agua, ar, terra e
fogo.
O
modelo da matéria descontinua foi rejeitado por um dos grandes filósofos da
época, Aristóteles, o qual afirmava que a matéria era continua, isto e , a
matéria eram vista como um «todo inteiro» (contrastando com ideia de que a
matéria era constituída por minúsculas partículas indivisíveis).
3.Dalton
O
químico inglês Jonh Dalton (Fig. 2) afirmava que׃ «O átomo era a menor partícula que constituía a matéria.» Em
1808, Dalton apresentou o seu modelo atómico׃ o átomo como uma minúscula esfera maciça, indivisível,
impenetrável e indestrutível. Para ele, todos os átomos de um mesmo elemento
químico são iguais, ate mesmo as suas massas. Hoje, nota‐se
um equivoco pelo facto da existência dos isótopos, os quais são átomos de um
mesmo elemento químico que possuem entre si massas diferentes. O seu modelo
atómico também e conhecido como modelo da bola de bilhar.
O
modelo de Dalton (fig.3) resume‐se
do seguinte modo׃
·
O átomo e uma esfera
(partícula) maciça, indivisível e indestrutível.
·
Os átomos do mesmo
elemento químico são idênticos.
·
Nas reacções químicas,
os átomos não são criados, nem destruídos, somente se modificam as suas distribuições.
4.Thomson
Pesquisando os raios catoditos, o físico
inglês J.J. Thompson (Fig. 4) demonstrou que os mesmos podiam ser interpretados
como sendo um feixe de partículas carregadas de energia eléctrica negativa, as
quais foram chamadas electrões. Utilizando campos magnéticos e eléctricos,
Thompson conseguiu determinar a relacao entre a carga e a massa do electrão.
Ele concluiu que os electrões (raios catódicos) deveriam ser constituintes de
todo o tipo de matéria pois observou que a relação carga⁄massa do electrão era a mesma para qualquer gás que
fosse colocado na amplo de Crooker (tubo de vidro rarefeito no qual se fazem
descargas eléctricas em campos eléctricos e magnéticos). Com base nas suas
conclusões, Thompson colocou por terra o modelo do átomo indivisível e
apresentou seu modelo, conhecido também como o modelo de pudim com passas.
Thompson no seu modelo afirma׃
·
Os
átomos dispõem de uma estrutura esférica carregada positivamente (que designou
de «pudim»).
·
Na
esfera electropositiva encontram‐se partículas com
carga negativa, os electrões (a que designou passas).
5.Rutherford
O modelo
atómico de Rutherford e baseado nos resultados da experiencia que Rutherford e
os seus colaboradores realizam׃ bombardeamento de uma lamina muito
fina (delgada) de ouro (Au) com partículas alfa (que eram positivas).
Experiencia de
Rutherford
Nesta
experiencia, uma fina lamina de ouro e bombardeamento com partículas (alfa) que
são emitidas por um elemento radioactivo. Por trás dessa lamina de ouro há um
anteparo recoberto de sulfureto de zinco, que tem a propriedade de detectar as
partículas, pois torna‐se
fluorescente sob o seu impacto.
Resultados da
experiencia
Rutherford
verificou que׃
1.֯ A maior parte das partículas não se
desvia.
2.֯ Poucas sofrem um desvio brusco.
3.֯ Um numero reduzido retrocede
violentamente.
Conclusões da
experiencia
a ) O átomo e
quase inteiramente constituído por espaços vazios. Esta conclusão advem do
facto de que a maioria das partículas atravessa a lamina de ouro sem se
desviar.
b ) O átomo
apresenta um pequeno núcleo relativamente maciço, com o qual apenas um numero
reduzido de partículas choca, sofrendo retrocesso .
c ) Em tal
núcleo concentra‐se a massa do
átomo.
d ) Como já se sabia de que as partículas eram carregadas positivamente,
conclui‐se que os
desvios dessas partículas decorriam pelo núcleo, que seriam também positivo.
e ) O
reduzido numero de partículas desviadas permitiu que se calculasse a proporção
entre as menções do núcleo e relação ao átomo. O núcleo e muito pequeno e relação
ao diâmetro do átomo. Essa proporção varia de 1⁄10 000 ate 1⁄100 000
finalmente, admitiu que os electrões estaria a girar e orbitas circulares.
A noção do modelo
atómico de Rutherford, resumida, em׃
·
A
matéria e construída por pequenas partículas chamadas átomo que apresentam duas
regiões׃ o núcleo e a electroesfera.
·
O
núcleo apresenta pequenas dimensões e grande massa, concentrando toda carga positiva do átomo.
·
Na
electroesfera gira cargas negativas, os electrões, tal como gira os planetas a
volta do sol‐modelo
planetário.
Rutherford
e os seus colaboradores verificam que, para aproximadamente cada 10 000 partículas
alfa que incendeiam na lamina de ouro, apenas uma era desviada ou reflectida
deste modo, concluímos que o raio de átomo era 10 000 vezes maior que o
raio do núcleo. Surgiu então, em 1911, o modelo do átomo nucleado conhecido
como o modelo planetário do átomo e constituído por um núcleo central positivo,
muito pequeno em relacao ao tamanho total do átomo, porem com grande massa. Em
seu redor localizam‐se os
electrões com carga negativa (compondo a enorme electrosfera) e com pequena
massa, que neutralizam o átomo.
6.Bohr
Em 1913, o físico dinamarquês Niels Bohr
, após estudos profundos do modelo de Rutherford, constatou dois equívocos׃
·
Uma
carga negativa, colocada em movimento em redor de uma carga positiva
estacionaria, adquire movimento em espiral em direcao a carga positiva,
acabando por colidir com ela.
·
Uma
carga negativa em movimento irradia (perde) energia constantemente, emitindo
radiação. Porem, sabe‐se que o átomo
no seu estado normal não emite radiação.
Bohr conseguiu solucionar os equívocos
cometidos por Rutherford baseado‐se na seguinte
ideia׃
Um electrão, num átomo, adquire apenas certas energia, e
cada energia e representada por uma orbita definida, particular. Se o electrão
recebe energia ele «pula» para uma orbita mais afastada do núcleo. Pode ocorrer
no electrão perda de energia por irradiação e, sendo assim, o electrão cai para
uma orbita mais próxima do núcleo. Todavia, o electrão não pode ficar entre
duas orbitas definidas, especificas, pois essa não seria uma orbita estável (orbita
não especifica). Conclui‐se, então, que׃
quando maior for a energia do electrão, mais afastado ele esta do núcleo, ou
seja, um electrão so pode estar em movimento em redor do núcleo se estiver em orbitas especificas,
definidas.
As orbitas permitidas constituem os níveis de energia do
átomo (K,L,M,N,…).
O modelo de Bohr resume‐se em׃
·
Os
electrões giram e redor, em regiões bem definidas, onde não há ganho nem perda
de energia. São os chamados estados estacionários.
·
O
estado estacionário menos energético chama‐se estado fundamental.
Aos
restantes estados da‐se nome de
estado excitados, os quais são estáveis.
Não há emissão nem absorcao de energia enquanto os
electrões estiver em movimento numa orbita.
·
Quando
um electrão recebe energia, ele poderam passar para uma orbita mais externa, ou
seja, mais afastado do núcleo. No entanto essa orbita uma posicao estável e o
electrão tende e voltar a orbita original. Neste retorno, o electrão emite
energia.
·
Para
um electrão e mais fácil mudar de orbita ou ate mesmo sair do átomo, quanto
mais longe estiver do núcleo. Cada orbita e caracterizada por um numero n bem
definido que recebeu o nome de numero quântico principal. Segundo Bohr, para a
primeira orbita n=1 para a segunda n=2 etc.
Partículas
fundamentais do átomo
Particulas
|
Carga
|
Massa (kg)
|
|
Núcleo
|
Protões (p+)
|
+
|
1,67.10‐27
|
Neutrões (n֯ )
|
0
|
1,67.10-27
|
|
Electrosfera
|
Electrões (e)
|
-
|
9,109.1031
|
Numero
atómico
E o numero de
protões existentes no núcleo e sempre um numero inteiro .
Numero atómico (Z) e igual ao numero de
protões, que e igual ao numero de electrões, pois o Numero de massa
Corresponde ao total de partículas nucleares,
isto e, a soma do numero de electrões e
o numero de neutrões.
A massa do protão e 1836 vezes maior que a massa
do electrão, por isso, podemos desprezar a massa os electrões em orbita e
dizemos׃
Numero de massa = numero de protões + numero de neutrões
A = Z + N
Sabe-se que um elemento químico (E) e o
conjunto de átomos de mesmo numero atómico (Z). cada elemento químico e
identificado pelo seu nome, símbolo e o numero atómico, sendo este a ultima
característica fundamental, alem do numero de massa (A).
A convenção para representar um elemento químico e׃
Onde ׃
E- elemento
químico
A-
Numero de massa
Z ‐ numero químico
Isótopos
São átomos do mesmo elemento
químico (mesmo Z) com diferente numero de massa.
Estes átomos são quimicamente
semelhantes pois possue igual numero atómico .
Exemplo׃ isótopos do cloro.
Cl
|
Cl
|
A = 35; Z = 17
|
A =37 ; Z = 17
|
17 p+; 17 e‐ ; 18 n0
|
17 p+ : 17 e‐ ; 20 n0
|
Isobaros
Isobaros são átomos de elementos químicos
diferentes que possuem o mesmo numero de massa e diferente numero atómico .
K
|
Ca
|
|||
A = 40
Z = 19
|
19 p+
19 e‐
21 n0
|
A = 40
Z = 20
|
20 p+
20 e-
20 n0
|
|
Isotonos
Isotonos são átomos de elemento
quimico diferentes que possuem numero atómico e de massa deferente, mas igual
numero de neutrões.
K
|
Ca
|
|||
A = 39
Z = 19
|
19 p+
19 e-
21 n0
|
A = 40
Z = 20
|
20 p+
20 e-
20 n0
|
|
Os fenomemos de ocorrecia dos
isótopos, isobaros e isotonos, designam-se isotopia, isobaria e isotonia,
respectivamente.
Átomos
|
Mesmo
|
Diferentes
|
Isótopos
|
Z
|
A
|
Isobaros
|
A
|
Z
|
Isotonos
|
A – Z =
N
|
A
e Z
|
Massa isotópica
A palavra isótopo tem origem
grega e significa «no mesmo lugar» pois os átomos isótopos localizam-se no
mesmo lugar da classificacao periódica dos elementos.
A descoberta da existência de
diferentes átomos com o mesmo numero atómico devem-se a Frederick Soddy, aop
estudar certas desintegrações radiativas. Soddy deu esses átomos o nome de
isótopos e chegou-se a pensar inicialmente que somente os elementos
radioactivos apresentavam isótopos. Entretanto, J.J. Thomson, 1919. Verificou
que o néon, o elemento não radiatctivo, e formado por dois (2) isótopos 20Ne e 22Ne,
postorialmente, 1921 , F.W. Aston demonstrou que e extremamente frequente a
ocorrência de isótopos e que estes participam sempre na mesma proporção na
constituição de um elemento químico.
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