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A Unidade Africana ou Organização da Unidade Africana (OUA)

                                       A Unidade Africana
A Organização da Unidade Africana (OUA) foi criada a 25 de Maio de 1963 em Addis Abeba, Etiópia, por iniciativa do Imperador etíope Haile Selassie através da assinatura da sua Constituição por representantes de 32 governos de países africanos independentes, para enfrentar o colonialismo e o neocolonialismo e apropriação das suas riquezas.
                           Principais atividades da OUA
A União Africana tem como atividade principal a unidade e a solidariedade africana. Defende a eliminação do colonialismo, a soberania dos Estados africanos e a integração económica, além da cooperação política e cultural no continente.
                                     Da OUA para UA
 Depois de 39 anos a Organização da Unidade Africana (OUA) passa para A União Africana (UA) em 2002. Baseada no modelo da União Europeia (mas atualmente com atuação mais próxima à da Comunidade das Nações), ajuda na promoção da democracia, direitos humanos e desenvolvimento econômico em África, especialmente no aumento dos investimentos estrangeiros por meio do programa Nova Parceria para o Desenvolvimento da África. Seu primeiro presidente foi o sul-africano Thabo Mbeki.
                                            Objetivos da OUA
Os objetivos da OUA, expressos na sua Constituição eram:
Promover a unidade e solidariedade entre os Estados africanos;
Coordenar e intensificar a cooperação entre os Estados africanos, no sentido de atingir uma vida melhor para os povos de África;
Defender a soberania, integridade territorial e independência dos Estados africanos;
Erradicar todas as formas de colonialismo da África;
Promover a cooperação internacional, respeitando a Carta das Nações Unidas e a Declaração Universal dos Direitos Humanos;
Coordenar e harmonizar as políticas dos Estados membros nas esferas política, diplomática, económica, educacional, cultural, da saúde, bem-estar, ciência, técnica e de defesa.
Combater para luta pela liberdade.
                                                 
         As principais zonas de tensão em africa; Sudão e Marrocos
Ø Sudão:
 O Exército Popular de Libertação do Sudão (SPLA em inglês) e sua ala política, o Movimento Popular de Libertação do Sudão (SPLM), conhecidos conjuntamente como Exército/Movimento Popular de Libertação do Sudão (SPLA/M), foi um movimento rebelde sudanês que se tornou partido político. O SPLA é liderado pelo comandante-em-chefe Salva Kiir Mayardit, presidente do Sudão do Sul. Estabelecido no sul do Sudão, o SPLA/M lutou na segunda guerra civil sudanesa contra o governo sudanês de 1983 a 2005. Em 1989, ele se juntou ao principal grupo de oposição no Sudão, a Aliança Democrática Nacional (NDA), que em janeiro de 2005 assinou o Amplo Acordo de Paz (Tratado de Naivasha) com o governo sudanês, que colocou fim a guerra civil. Desde a assinatura do acordo de paz, o SPLA/M possui representantes no governo do país, além de ser o principal componente do governo da região autônoma do Sudão do Sul. Foi liderado por John Garang até sua morte em 30 de julho de 2005.
Ø Marrocos:
A Guerra das Areias foi um conflito fronteiriço entre Marrocos e Argélia em Outubro de 1963, na sequência da reivindicação por parte de Marrocos das províncias de Tindouf e Béchar que a França havia anexado à Argélia Francesa décadas antes.
Antes da colonização francesa no século XIX, partes do sul e oeste da Argélia pertenciam a Marrocos. Na década de 1930 e depois na década de 1950, a França integrou-as no que era conhecido como o Departamento Ultramarino da Argélia Francesa, nas áreas de Tindouf e Béchar. Quando Marrocos se tornou independente, quis reaver a soberania sobre essas áreas. Num esforço para cortar o apoio que o movimento de libertação da Argélia tinha em Marrocos, a França ofereceu-se para devolver essas áreas em troca de Marrocos cancelar o seu apoio às guerrilhas. O rei Mohammed V de Marrocos recusou-se a fazer tal acordo com França, nas costas dos "irmãos argelinos", e acordou com o governo provisório argelino e seu líder nacionalista Ferhat Abbas, que quando a Argélia ganhasse a sua independência renegociaria o estatuto das áreas de Tindouf e Béchar.

Todavia, logo depois da independência da Argélia, e antes que o acordo com Mohammed V pudesse ser formalmente ratificado, Abbas foi afastado da Front de Libération Nationale por uma coligação apoiada pelos militares e conduzida pelo líder radical Ahmad Ben Bella. Os últimos e sangrentos anos da rebelião da FLN foram combatidos essencialmente para prevenir a França de dividir as regiões no Deserto do Saara e entregá-las a Marrocos, e assim nem Ben Bella nem os restantes dirigentes da FLN estavam particularmente receptivos às reclamações de Marrocos. Os argelinos assim não reconheceram as reclamações históricas e políticas de Marrocos, e, pelo contrário, encararam as demandas marroquinas como tentativas de agastar o recém-independente vizinho e pressioná-lo quando estava ainda fraco em termos de consolidação de estruturas de defesa. A Argélia estava ainda a recuperar da longa e desgastante Guerra da Argélia, e o governo mal tinha controlo sobre a totalidade do território - significativamente, uma rebelião dos Berberes anti-FLN sob a liderança de Hocine Aït Ahmed tinha-se iniciado pouco antes nas montanhas da Cabília. A tensão escalava, e nenhum lado queria ceder.

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